Como estudar: 3 dicas para você aprender a aprender
Nos últimos anos, o avanço das pesquisas sobre o funcionamento do cérebro humano tem apontado caminhos para que possamos estudar e aprender melhor.
A PhD Barbara Oakley, professora de Engenharia na Universidade de Oakland; o PhD Terrence Sejnowski, especialista em neurociência e neurobiologia computacional; e Alistair McConville, diretor de aprendizagem e inovação em uma escola britânica são os autores do livro “Aprendendo a Aprender para Crianças e Adolescentes - Como se Dar Bem na Escola”, da editora Best Seller.
Para os autores, “quando você entende como seu cérebro trabalha durante o aprendizado, é muito mais fácil usá-lo de modo mais eficiente e evitar técnicas que não funcionem”.
Assim, para ajudar os estudantes com dicas poderosas para turbinar o aprendizado em qualquer fase da vida, destacamos algumas das principais contribuições do livro:
01 - Entenda o modo focado e modo difuso do seu cérebro
No modo focado, nossa mente está em atenção plena para uma atividade (assistir uma aula ou ler um livro, por exemplo). Na forma difusa, estamos mais relaxados. Esses dois modos se complementam e devem estar presentes no aprendizado.
A alternância entre os modos do funcionamento do cérebro ajudam a explicar porque a Técnica Pomodoro (ciclos de 25 minutos intercalados por pausas de cinco minutos para o descanso da mente) é mais eficaz que horas seguidas de estudos sem nenhum intervalo.
O site Tomato Timer pode te ajudar com o uso da técnica.
A prática de atividades físicas e a qualidade do sono também contribuem para o equilíbrio entre esses dois modos.
02 - Exercite a memória ativa
Os autores indicam que a capacidade de relembrar é um dos principais indicadores de uma boa aprendizagem.
Para exercitar a memória ativa, você pode ler com calma um texto e registrar no canto da página ou outra folha um resumo com as ideias-chave, depois tire os olhos do livro e veja se consegue lembrar, sem olhar. Repita-as na sua mente ou em voz alta. Depois, tente lembrar a mesma informação em horários e lugares diferentes.
Para registrar as ideias-chave e resgatá-las na importante tarefa de revisão, você pode desenvolver mapas mentais. Nessa palestra, Tony Buzan - um dos criadores da técnica - explica porque os mapas mentais são eficientes.
Saiba que escrever à mão os próprios resumos e mapas mentais é o que há de mais moderno em neurociência. Mas se quiser suporte de tecnologia, o Coggle é um aplicativo que pode ajudar.
Ensinar alguém ou mesmo produzir pequenos vídeos sobre o assunto estudado, buscando clareza e estrutura, também são formas de relembrar ativamente e você só publica os vídeos se quiser.
03 - Use a repetição espaçada
Lembram da importância da revisão? O ideal é realizá-la no dia seguinte, após o primeiro estudo. Isso diminui consideravelmente o percentual de esquecimento, favorecendo a retenção do conteúdo.
Além dos resumos e mapas mentais, desenvolver os próprios flashcards (pequenos cartões com perguntas de um lado e respostas do outro) e revisá-los de tempos em tempos funciona como um treino para que seu cérebro salve essas informações na sua memória de longo prazo.
O sistema de revisões precisa considerar desde a dificuldade em uma determinada área ao tempo disponível para os estudos.
O aplicativo mais popular para a repetição espaçada é o Anki.
Quer saber como a Bárbara Oakley superou a dificuldade em matemática e se tornou engenheira utilizando essas técnicas? Dá uma olhada no vídeo abaixo. Bons estudos!