Conheça o mercado de Engenharia de Produção pelos relatos profissionais de egressas

Taynara Oliveira, Laura Leite e Luana Machado compartilham suas experiências profissionais trabalhando como engenheiras de produção.

Uma das palavras que melhor define a engenharia de produção é “versatilidade”. O profissional que possui formação nesta área está apto a trabalhar em diversos contextos, sempre colaborando para que as empresas sejam mais eficientes e produtivas.

Segundo o professor Alexandre Rios, coordenador do curso de Engenharia de Produção da Universidade de Fortaleza — instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz —, a empregabilidade dos egressos da Unifor é de 90%, realidade que se reflete nas diversas opções de estágio que o aluno tem ao longo do curso.

Laura, Luana e Taynara são egressas dessa graduação. Formadas recentemente pela Unifor, elas já estão inseridas no mercado de trabalho e dão detalhes de suas rotinas nas áreas em que atuam.

Engenharia a serviço da eficiência e da economia

Conforme explica Laura Leite, a formação multidisciplinar (abrangendo conhecimentos de engenharia civil, mecânica, ambiental, entre outros) capacita os profissionais a atuarem em uma ampla variedade de setores, oferecendo base sólida para uma carreira diversificada e completa.

“Pode-se trabalhar com planejamento, custos, projetos, garantia da qualidade, processos etc. Isso é o que mais me encanta”, revela Taynara Oliveira

Luana Machado ressalta que todos os conhecimentos de engenharia, gestão e análise adquiridos na graduação são utilizados para otimizar operações, reduzir custos, garantir a qualidade dos produtos e serviços. “Além de coordenar equipes e recursos para alcançar metas de produção”, reforça.

Garantindo um processo sem falhas

O envolvimento de Laura Leite com a indústria alimentícia vem desde a época de estágio, quando teve a oportunidade de ingressar nessa área. Hoje a egressa trabalha como analista de processos industriais no Grupo M Dias Branco . “As possibilidades de crescimento interno, desenvolvimento profissional e pessoal foram determinantes para a escolha desse ramo específico”, observa.

Entre as responsabilidades do cargo que ocupa estão o gerenciamento de indicadores de performance operacional e a implementação da Metodologia TPM (Total Performance da Manufatura), ferramenta que tem como meta reduzir perdas, paradas e falhas. 

A engenheira faz o acompanhamento diário dos indicadores de performance das linhas, análise a partir da qual são desenvolvidas estratégias para aumentar a eficiência global da unidade fabril. Segundo a jovem, a atividade que mais aprecia é a implementação da Metodologia TPM, por meio da qual transmite seu conhecimento teórico da Gestão Autônoma à equipe operacional. 

“Essa técnica permite a implementação de melhorias nos processos e nas máquinas. A multiplicação do conhecimento é a parte mais gratificante das minhas funções atuais”, revela Laura.

“Desde o início do meu estágio, tive a oportunidade de atuar em diversas áreas. Adquiri experiência em gerenciamento de pessoas e serviços na área de manutenção civil, o que me permitiu desenvolver habilidades em gestão de equipes. Além disso, trabalhei no gerenciamento de custos e despesas de um setor fabril, aprimorando minha competência em controle financeiro”Laura Leite, egressa do curso de Engenharia de Produção da Unifor

A profissional conta que, durante a graduação na Unifor, foi incentivada a desenvolver habilidades de ensino por meio da monitoria e a ingressar no mercado de trabalho desde os primeiros semestres do curso. Ela aponta essas particularidades como diferenciais que proporcionam ao aluno conhecer o mercado já no início da vida universitária e a descobrir a área de atuação que mais lhes interessa.

Para quem deseja seguir esse caminho, Laura compartilha sua percepção sobre o setor de Tecnologia da Informação. “É uma área que está ganhando crescente relevância no mercado atual. Invistam em ferramentas de desenvolvimento de soluções tecnológicas que visam otimizar rotinas e processos repetitivos, pois esse é o grande diferencial dos profissionais contemporâneos”, analisa.

A engenheira sugere ainda que os estudantes absorvam os conhecimentos teóricos compartilhados pelos professores em sala de aula e procurem aplicá-los na prática sempre que possível. Além de buscar aprendizado contínuo, mantendo-se atualizados sobre ferramentas e inovações do mercado.

Foco na atividade-fim

Corroborando a premissa da versatilidade do curso, partimos do ramo alimentício para a área da construção civil, onde atua a egressa da Unifor Luana Machado. A engenheira trabalha como analista de logística na Construtora Mota Machado.

Uma das principais responsabilidades da profissional é o desenvolvimento de padrões de almoxarifado em todas as obras da empresa. “Estamos focados em implementar projetos de automação do estoque e em garantir a conformidade com normas, incluindo a ISO 9001”, compartilha.

“Minha escolha pela área de logística de materiais na construção civil foi profundamente influenciada pelo meu primeiro estágio em Planejamento e Controle em uma construtora. Durante esse período, pude não só me identificar com o processo de construção de edifícios, mas também perceber o fascínio nas diversas etapas envolvidas. Visualizei inúmeras oportunidades de aprimoramento, especialmente buscando industrializar ainda mais os métodos da construção civil”Luana Machado, egressa do curso de Engenharia de Produção da Unifor

Graduada há apenas um ano, Luana já tem consciência das necessidades do mercado e utiliza o que aprendeu para incrementar sua atuação profissional. “Até agora, as experiências de mercado me mostraram a importância da adaptação rápida às demandas do ambiente, a valorização da eficiência operacional e a necessidade contínua de inovação e melhoria nos processos”, pontua. 

Para ela, a automatização de processos é crucial para a área, pois possibilita que os responsáveis se concentrem em atividades estratégicas e de gerenciamento (recebimento, armazenamento e controle), reduzindo o tempo dedicado a tarefas operacionais simples.

Sobre o papel da Unifor para seu crescimento profissional, Luana destaca que “por meio de uma estrutura acadêmica robusta e corpo docente qualificado, a instituição me equipou com conhecimentos técnicos sólidos, habilidades analíticas avançadas e uma visão ampla das melhores práticas em gestão e otimização de processos”. Ela ressalta ainda as oportunidades de estágio e networking que, segundo ela, foram cruciais para o desenvolvimento da carreira.

Por fim, a engenheira dá uma dica para quem tem interesse na profissão: “Mantenha-se atualizado com as últimas tendências e tecnologias da área e desenvolva habilidades interpessoais, como comunicação e liderança. Seja proativo na busca por oportunidades, participando de eventos de networking e mantendo-se atento às plataformas de emprego”.

Dinamismo para uma logística eficiente

Moradora da região do Complexo do Pecém – que reúne área industrial, porto e Zona de Processamento de Exportação (ZPE) – Taynara Oliveira trabalha na ArcelorMittal Pecém, atuando como técnica de produção. Ela desempenha atividades voltadas para melhorias nos processos produtivos, controle de estoques, auditorias e desenvolvimento de projetos.

“Hoje trabalho em uma gerência estratégica, responsável pelas movimentações logísticas do ciclo de fabricação do aço [...] Dentro dessa atividade, o que mais gosto é o dinamismo, que me acrescenta muito como profissional”, ressalta a engenheira.

“Com toda certeza valeu muito a pena a graduação em Engenharia de Produção, pois me abriu portas para oportunidades incríveis. Cresci em questões profissionais e pessoais, elevei meu nível de conhecimento acadêmico e de vida” Taynara Oliveira, egressa do curso de Engenharia de Produção

A profissional conta que o mercado de trabalho trouxe muitos aprendizados, entre eles a importância da compatibilidade de valores na hora de buscar uma empresa para trabalhar. Além da necessidade de cultivar boas relações e de desenvolver ferramentas para melhorar a performance, como organização e controle, análise de dados para confecção de relatórios e padronização.

Quanto aos anos de Unifor, a egressa diz que a instituição teve grande participação no seu crescimento profissional. “Desde o conhecimento adquirido ao longo de cinco anos até o direcionamento para o mercado de trabalho por parte dos professores e de todos os que compõem a Universidade”, frisa. 

Para quem ainda está na graduação, a engenheira deixa um recado. “Todo o esforço durante esses anos (provas, trabalhos, TCC) serão recompensados no dia da colação de grau em diante. Abrirá um novo mundo com infinitas oportunidades e você verá sentido em tudo que passou”, incentiva.

Por que cursar Engenharia de Produção?

Feliz na profissão que seguiu, a egressa da Unifor Luana Machado elenca os principais motivos que fazem da engenharia de produção uma escolha vantajosa para quem busca uma carreira dinâmica, desafiadora e com potencial para impactar positivamente o funcionamento de empresas e organizações.

  • Versatilidade

A engenharia de produção oferece uma formação ampla, combinando conhecimentos de engenharia, gestão e análise. Isso permite atuar em diversos setores da indústria, serviços e até mesmo no empreendedorismo, adaptando-se a diferentes demandas do mercado;

  • Gestão eficiente

O curso prepara profissionais para otimizar processos produtivos e operacionais, melhorando a eficiência e reduzindo custos. Isso é fundamental para qualquer organização que busque competitividade e sustentabilidade;

  • Visão sistêmica

Engenheiros de produção são treinados para entender e integrar diferentes áreas dentro de uma empresa, facilitando a coordenação de equipes multidisciplinares e a implementação de soluções holísticas;

  • Inovação e melhoria contínua

A ênfase em métodos de melhoria contínua, como Lean Manufacturing e Six Sigma, prepara os profissionais para identificar oportunidades de inovação e implementar mudanças positivas dentro das organizações;

  • Demandas do mercado

Existe uma demanda crescente por engenheiros de produção qualificados, especialmente com habilidades em logística, cadeia de suprimentos e automação, áreas essenciais para empresas que buscam se modernizar e crescer.