Empresas Juniores: saiba como elas fazem a diferença no seu currículo

seg, 31 maio 2021 10:53

Empresas Juniores: saiba como elas fazem a diferença no seu currículo

Diferencial na formação acadêmica, as empresas estimulam o  empreendedorismo e o networking dos estudantes 


As empresas juniores contam com a supervisão técnica de professores e participação dos alunos (Foto: Getty Images)
As empresas juniores contam com a supervisão técnica de professores e participação dos alunos (Foto: Getty Images)

Cientistas comprovam: todo universitário tem aquele amigo que faz parte, ou já participou, de uma Empresa Júnior. Aquele amigo que tem o perfil das redes sociais recheado de fotos de encontros e congressos com participantes de outras empresas, e que sempre faz divulgação de algo relacionado a sua própria organização. Então, mesmo que você não faça parte, com certeza já ouviu falar. Mas, afinal, você sabe o que é uma Empresa Júnior? 

Legalmente falando, uma empresa júnior se configura como uma associação sem fins lucrativos administrada voluntariamente por alunos de cursos de graduação. Ela pode ser de apenas um curso superior, ou reunir vários cursos em uma só empresa. A Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, está repleta de empresas juniores dentro de seu campus. Mais de cinco cursos de graduação da instituição possuem essa entidade, como Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil, Farmácia e Psicologia

As empresas juniores, ainda que fundadas no ambiente acadêmico, não dependem formalmente da direção da universidade ou das coordenações dos respectivos cursos. Além disso, para funcionar, elas necessitam da orientação e supervisão técnica de professores e profissionais especializados na área atuante da associação. 

De acordo com Arlandia Nobre, coordenadora do curso de Farmácia da Universidade de Fortaleza e supervisora da empresa júnior Polifarma Jr, o objetivo dessas associações é "potencializar as competências da área de formação do aluno por meio das práticas de gestão e do trabalho em equipe. Além de favorecer sua rede de relacionamentos, permitindo melhor desempenho nos processos seletivos para as grandes empresas". 


Professora Arlandia Nobre, coordenadora do curso de Farmácia da Unifor (Foto: Ares Soares)

Esse tipo de entidade visa trazer uma parte da experiência concreta do mercado de trabalho para dentro da graduação, por meio da produção de projetos e trabalhos para clientes reais, e com foco no ramo empresarial. Assim, fazer parte de uma empresa júnior acrescenta ao currículo e portfólio do aluno a experiência profissional tão desejada na hora de buscar um emprego.

Por dentro de uma empresa júnior

As empresas juniores executam trabalhos relacionados à sua área de atuação e ao curso de seus participantes. Elas podem prestar serviços, como consultorias e planejamento, realizar atividades de assessoramento e, até mesmo, desenvolver produtos. Tudo a um preço mais baixo do que o oferecido pelo mercado. 

"O aluno empresário júnior desenvolve projetos de consultoria, produtos inovadores, fluxos de processos, bem como elabora documentos e colabora com empresas de diversos segmentos, contribuindo para a sua formação acadêmica, do ponto de vista da gestão e empreendedorismo", explica Nobre. 

As associações são divididas categoricamente entre diretorias e/ou departamentos, e, assim como qualquer outra entidade, possuem presidência e vice-presidência. As responsabilidades das diretorias incluem executar os processos seletivos, supervisionar os projetos, divulgar os trabalhos e manter um bom relacionamento com os clientes da empresa. 

Os alunos participantes recebem um certificado ao saírem da empresa júnior, para oficializar e comprovar o trabalho realizado enquanto estavam na associação. Mas, para obter o documento, existe um tempo mínimo: um ano imerso na cultura da empresa

Assim, o aluno membro pode passar por várias diretorias, e, até mesmo, alcançar cargos mais altos na empresa. Dessa forma, as empresas juniores asseguram uma maior rotatividade de alunos, garantindo que todos tenham uma experiência variada e engrandecedora. 

Benefícios profissionais

A experiência de participar de uma empresa júnior é extremamente benéfica para os alunos. Ao fazer parte dessas associações, os estudantes entram em contato com um ambiente empresarial favorável para o desenvolvimento de valores profissionais que certamente os ajudarão ao saírem da universidade. 

A empresa júnior é um grande laboratório experimental. Ou seja, os alunos participantes, enquanto estão na graduação, vivenciam o dia a dia da profissão e atuam como se estivessem no real mercado de trabalho. Essa vivência já os coloca automaticamente em um patamar de destaque em suas áreas de atuação.  

Além disso, essas associações são o lugar ideal para criar uma rede de contatos. Dessa forma, os alunos já saem do ambiente acadêmico com um extenso network, sabendo que, durante o seu tempo na empresa júnior, tiveram acesso a diferentes tipos de pensamentos e conhecimentos. Assim, estarão preparados para as divergências que certamente surgirão em suas jornadas profissionais. 

Visão empreendedora

O empreendedorismo está em alta, e, no ambiente acadêmico atual, não existe lugar melhor para estar em contato direto com isso do que dentro de uma empresa júnior. Essas entidades são conhecidas por estimularem o espírito empreendedor em seus participantes, mas de uma forma que não seja maçante, e sim os desafie diariamente a entrarem em contato com essa tendência

Ao vivenciarem as atividades de uma empresa júnior, os alunos participantes estão, de certa forma, conhecendo o cotidiano de um negócio. Eles aprendem a identificar problemas e a como captar clientes, além de desenvolverem uma melhor capacidade de tomada de decisões. Assim, os alunos passam a ter uma visão real do mercado de trabalho, especialmente a dos pequenos e grandes empreendedores. 

Dessa forma, já com uma ideia de como o mercado funciona, os estudantes podem se sentir propensos a abrirem seus próprios negócios. E, com uma experiência que já vem desde a graduação, as chances de o empreendimento ter sucesso são mais altas, já que os alunos irão utilizar todo o conhecimento adquirido em seu tempo como participante de uma empresa júnior. 

Confiança, responsabilidade e reconhecimento 

As empresas juniores têm um grande impacto no âmbito profissional de seus participantes. Mas, o lado pessoal não fica para trás. Caroline Cavalcante, aluna do sétimo semestre do curso de Farmácia da Unifor, e presidente da empresa júnior Polifarma Jr, conta que seu maior desenvolvimento ao fazer parte da associação foi o pessoal. "Tinha bastante dificuldade em comunicação e apresentação em público, e desde o processo seletivo da empresa júnior, comecei a desenvolver esses aspectos", relata. 


Caroline Cavalcante, estudante do curso de Farmácia da Unifor e presidente da Polifarma Jr (Foto: Arquivo pessoal)

A estudante também fala sobre o que significa ser presidente de uma empresa júnior, e quais desafios orbitam o cargo: "significa confiança, responsabilidade e reconhecimento. Ser liderança não é tão fácil quanto parece, ainda mais num movimento sem fins lucrativos onde você precisa ajudar a manter acesa a motivação dos participantes e garantir a melhor vivência empresarial de suas vidas."

Por fim, fazer parte de uma empresa júnior permite aos alunos colocarem em prática o conhecimento adquirido em sala de aula, além de estarem inseridos em um ambiente propício para o aprendizado de novos conteúdos e experiências. Para Caroline, o impacto das EJs é abrangente. "Impacta em termos tantos jovens saindo da sua zona de conforto e de alguma forma querendo agregar e entregar projetos de qualidade. Vou levar bastante aprendizado, boas amizades e o entendimento do mundo empreendedor", diz a estudante.

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