qui, 7 janeiro 2021 11:36
Professores e alunos da Unifor desenvolvem Índice de Ações Cearenses
Indicador monitora o desempenho das empresas locais que estão na Bolsa de Valores e na Nasdaq
Ação inovadora do curso de Ciências Econômicas da Universidade de Fortaleza apresenta ao mercado o Índice de Ações Cearenses (IAC), indicador que mede o desempenho das ações de oito empresas com sede no Estado, listadas na B3 (Brasil) e na Nasdaq (Estados Unidos). São elas: Arco Educação, Banco do Nordeste, Enel Ceará, Grendene, Hapvida, M. Dias Branco, Pague Menos e Aeris. A mais antiga em bolsa é o Banco do Nordeste, que estreou em 1977, enquanto a Pague Menos e a Aeris realizaram IPO em 2020.
Segundo levantamento feito pelo IAC, as empresas cearenses encerraram o ano de 2020 com valorização de 8,59% na B3, variação três vezes maior que o índice Ibovespa, que apresentou alta de 2,88% no mesmo período em questão. O IAC também identificou que os negócios do Estado do Ceará apresentaram retorno maior que o Ibovespa no ano de 2019, com alta de 75,03% contra 31,95% do principal índice da B3.
De acordo com o economista e professor da Unifor, Ricardo Eleutério, um dos idealizadores do IAC, o bom rendimento das ações de empresas cearenses demonstra a força da economia do Ceará. “Recentemente, o IBGE apontou que Fortaleza ultrapassou Salvador e se tornou a maior economia da região Nordeste. O PIB é a soma das riquezas produzidas pela sociedade, inclusive pelas empresas”, aponta.
Saiba mais sobre o Índice de Ações Cearenses
A ideia da elaboração do Índice de Ações Cearenses (IAC) surgiu dos professores Allisson Martins e Ricardo Eleutério, que convidaram alguns alunos do curso de Ciências Econômicas para compor o projeto.
“Com uso de técnicas acadêmicas, fundamentadas em finanças, estatística e data science, o IAC busca contribuir com a nova dinâmica do mercado de capitais, a partir de informação qualificada para os investidores locais, que buscam cada vez mais aprender sobre investimentos no mercado de ações, bem como para as empresas que se inclinam na direção de estruturação de capital dos empreendimentos, por meio da captação de recursos a partir do mercado de capitais”, explica o economista e professor Allisson Martins.
O aprendizado de quem ajudou a construir o novo índice
“Logo após o convite, iniciamos a elaboração da metodologia utilizada e a construção do cálculo do número índice. Os desafios foram principalmente relacionados à definição de pesos para formação do número. A experiência nos permitiu conhecer mais a fundo como os principais índices brasileiros são constituídos e como operar utilizando técnicas em data science. Por fim, a maior satisfação é de poder auxiliar o desenvolvimento do mercado de capitais cearense”, destaca o aluno Vicente Aníbal da Silva Neto.
“Foi uma experiência enriquecedora para o desenvolvimento de novas habilidade e para que eu pudesse aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso de Economia. Aprendi muito, tanto profissionalmente como academicamente. O principal desafio foi ter sido a única mulher envolvida na construção do índice, o que mostrou o potencial feminino nessa área. Ainda é desafiador e diferente ser uma economista mulher. Ver esse índice consolidado e apresentado ao mercado é uma grande satisfação”, enfatiza a aluna Catherine Rodrigues.
“A experiência que adquirimos é extremamente importante para o nosso desenvolvimento profissional. Entender como o índice funciona e a sua importância é um bom diferencial nessa área de finanças e economia. O que nos trouxe mais aprendizado foi a parte metodológica, pois entendemos como os principais índices funcionam e são calculados. Essa iniciativa trará bastante frutos, em especial aos alunos. A partir do conhecimento do cálculo do índice é possível criar o seu próprio índice, para gerenciar sua carteira de investimento pessoal”, pontuou o aluno Alysson Oliveira.
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