qua, 20 maio 2020 11:41
Em 15 dias, Unifor já realizou mais de 1.000 exames de Covid-19. Meta é chegar a 3 mil por mês
A ação contribui para o diagnóstico ágil dos pacientes e encaminhamentos adequados de tratamento – essenciais como medida de prevenção da transmissão comunitária da doença.
Desde que começaram as atividades na Unidade de Diagnóstico Covid-19 na Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, a equipe já analisou mais de 1.000 amostras de exames no laboratório do Núcleo de Biologia Experimental (NUBEX). Desde o dia 5 de maio, a unidade recebe diariamente exames de pacientes das unidades de saúde do Estado, por intermédio da Secretaria de Saúde (Sesa) e do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). A iniciativa é mais uma contribuição da Universidade de Fortaleza no enfrentamento da pandemia.
De acordo com os professores Kaio Tavares e Danielle Malta, que estão na coordenação técnica da Unidade de Diagnóstico Covid-19 – Unifor, os resultados dos exames têm sido disponibilizados para os pacientes entre 24 e 48h após o recebimento das amostras no NUBEX. “São dias intensos de trabalho, com uma equipe bastante qualificada e dedicada, que dividida por turnos tem analisado exames 24h por dia e 7 dias por semana”, comenta Danielle Malta, que é professora do curso de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas (PPGCM) da Unifor.
Os professores relatam que foi um grande desafio adequar o laboratório do NUBEX para iniciar a análise dos exames de Covid-19 em aproximadamente um mês. “Isso só foi possível em virtude da infraestrutura pré-existente na Unifor e do apoio que recebemos da Fundação Edson Queiroz e da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, a Funcap”, destaca Kaio Tavares, que é professor do curso de Medicina Veterinária e também do PPGCM da Unifor.
A expectativa agora é atingir a meta de 3.000 exames por mês, contribuindo para o aumento da testagem da Covid-19 no Ceará. De acordo com a professora Cristina Moreira, atual diretora do NUBEX, essa agilidade no diagnóstico é importante para identificar os infectados e isolá-los, evitando a transmissão comunitária da doença. “Do ponto de vista do indivíduo e de seus familiares, uma resposta rápida sobre o seu estado de saúde, independente do resultado, traz uma tranquilidade maior quando comparada a uma longa espera do diagnóstico”, complementa Cristina, que também é professora curso de Farmácia e do PPGCM da Unifor.