qui, 14 maio 2020 14:33
Professor Assis Cajazeiras deixa legado de humanismo e cooperação
O humanismo e a cooperação, tanto no exercício da profissão de medicina, como na relação com os colegas de trabalho e alunos, foram as principais marcas deixadas pelo professor Francisco de Assis Carvalho Cajazeiras. Ele faleceu por Covid-19 em 13 de maio deste ano, deixando muita saudade entre todos que fazem a Universidade de Fortaleza, onde lecionou nos cursos do Centro de Ciências da Saúde (CCS). O professor Cajazeiras também era membro da Academia Metropolitana de Letras, palestrante, pesquisador espírita e escritor.
“Ele era uma pessoa sensacional, muito cooperativo. Enfrentou com coragem a doença que o afetou. Poderia ter largado tudo, mas continuou firme. Nunca deixou de estar na frente de combate no tratamento das pessoas. Deixou como legado a sua maneira de ser. Essa imagem de persistência, coragem, de muita compaixão, era um humanista. Ficou essa imagem como lembrança para todos nós e para os alunos também”, destaca o professor José Morano, ex-diretor do CCS, ex-vice-reitor da Unifor, cirurgião e colega de muitos anos do professor Cajazeiras.
O professor Cajazeiras foi uma inspiração para muitos médicos, dentre eles o professor Henrique Sá, atual vice-reitor de Ensino e Graduação da Unifor. “O doutor Cajazeiras foi meu preceptor, profissional que me acolheu, que pegou na minha mão, realmente. Nossas conversas não eram apenas sobre técnicas cirúrgicas, a gente conversava sobre humanidades. Ele foi uma das pessoas que mais influenciou minha formação como médico, trazendo aspectos das humanidades para minha formação e para minha prática”, enfatiza Henrique Sá.
Quem também destaca essa influência na formação humana é o estudante Paulo Rocha, aluno do 8° semestre de Medicina da Unifor. “Tive o prazer de conviver com doutor Assis durante parte da minha graduação. Fui seu aluno tanto no Grupo Tutorial, como na Monitoria. Ele sempre foi muito disposto a ajudar a todos. Particularmente, eu lembro da grande maioria de conselhos que ele dava. Além do repasse de conteúdo técnico e científico, que era bastante refinado, tinha também muitos ensinamentos de vida e de conduta”, conta Paulo.
Para Rômulo Leitão Filho, aluno do 3° semestre de Medicina da Unifor, fica a lembrança de um ser humano gentil e preocupado com aqueles ao seu redor. “Embora meu primeiro contato em sala de aula com o professor Assis tenha sido no início deste ano, sempre o encontrei nos corredores do NAMI. Ele sempre me cumprimentava com extrema simpatia. “Escutei diversas histórias de que o professor Assis superou muitas adversidades para dar continuidade a sua paixão por lecionar. Ficamos com lição de que sempre devemos dar o nosso melhor, independente das condições nas quais nos encontramos”, destaca.