seg, 22 junho 2020 15:19

10 motivos para assistir à live do escritor angolano José Eduardo Agualusa, por Aíla Sampaio

A escritora Aíla Sampaio, professora do curso de Cinema e Audiovisual da Unifor, será mediadora da live, que acontece próximo dia 1º de julho

Por: Aíla Sampaio,  Doutora em Cinema e Literatura, professora do Centro de Ciências da Comunicação e Gestão da Unifor e membro da Academia de Letras e Artes do Nordeste

1. É um escritor angolano que difunde a língua portuguesa, por meio da literatura, para diversos países do mundo.

2. É incrivelmente criativo, transitando entre a história e a ficção, o poético e o referencial, a estranheza e a beleza do ser humano, o sonho e a realidade, com um projeto artístico comprometido com os seus próprios valores e os da sociedade em que vive.

3. Tem dezenas de obras publicadas, traduzidas para 35 línguas, com a mundividência cosmopolita angariada nos diversos países pelos quais ele transita, inclusive o Brasil. 

4. Suas obras levantam discussões sobre o racismo e a sociedade ególatra, aprofundando, tantas vezes, a infelicidade crônica contemporânea e tencionando sobrepor a essência à aparência.

5. Faz um belo diálogo entre o jornalismo e a literatura ao ter uma linguagem clara e simples mesmo sendo poética.

6. É um jornalista comprometido com as verdades do seu tempo e que, por amar tanto o que faz, dá a alguns de seus personagens a sua mesma profissão. 

7. Tem uma obra adaptada para o Cinema – O vendedor de passados –  pelo cineasta brasileiro Lula Buarque de Holanda, com atores brasileiros como Lázaro Ramos e Aline Moraes, e tem uma visão aberta para esse tipo de trabalho ao afirmar  que “As melhores adaptações são aquelas que sabem desrespeitar o livro melhor. Não se pode repetir o livro, são linguagens diferentes”. 

8. Exercita diferentes gêneros – crônicas, contos, romances, novelas, livros infantis – e diferentes linguagens artísticas, escrevendo também peças de teatro e fazendo sua escrita dialogar com o cinema e a música: "Gosto da escrita musical, que tenha ritmo. Eu me preocupo muito com o ritmo da frase. O ideal é que tudo pudesse ser cantado no texto que escrevo",

9. Afirma as raízes crioulas e dá visibilidade aos valores culturais angolanos e às culturas africanas e colonizadas, trazendo à tona questões históricas que não podem ser esquecidas.

10. Acaba de lançar uma obra que tem tudo a ver com o momento por que passa todo o mundo - Os vivos e os outros (2020) – cujo enredo traz vários escritores presos em uma ilha moçambicana durante sete dias sem notícias do resto do mundo, após uma tempestade.

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