ter, 27 abril 2021 19:00
11º boletim do Núcleo de Pesquisas Econômicas prevê aumento no PIB nacional
Elaborado por alunos do curso de Ciências Econômicas da Universidade de Fortaleza, o estudo aponta projeção e análise do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para os anos de 2021 e 2022. Confira detalhes a seguir.
O Núcleo de Pesquisas Econômicas (NUPE) da Universidade de Fortaleza, instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz, acaba de disponibilizar a 11ª edição do seu Boletim Econômico. Desenvolvida pelo núcleo logo após o início da pandemia no Brasil, a iniciativa tem como objetivo desenvolver uma análise econômica do atual cenário, tanto a nível mundial como nacional, com destaque para o Ceará.
O trabalho indica uma projeção de retomada, entre 2021 e 2022, das principais economias mundiais ‒ Espanha, Reino Unido, França, Itália, Alemanha, Japão, EUA e China ‒, com crescimento em torno de 8,0% do Produto Interno Bruto (PIB) internacional.
De acordo com o boletim, uma evidência promissora para o processo de retomada é o avanço da vacinação. Conforme aumenta o número de pessoas imunizadas, a demanda pela flexibilização de medidas restritivas ampliará gradativamente, possibilitando a retomada da economia mundial, que atualmente já apresenta seus primeiros sinais de recuperação.
Mesmo com perspectivas positivas, o documento ressalta que a tendência de restabelecimento da retração econômica sofrida em 2020 somente será concretizada nos anos subsequentes para a maioria dos países. Esse cenário, no entanto, só será possível caso o plano de vacinação demonstre sua eficácia e haja adoção de medidas prévias visando o controle de possíveis surtos esporádicos.
Para este ano, é previsto, no campo nacional, um crescimento de até 3,6% do PIB em todos os setores, considerando-se a retomada da atividade econômica no país e a imunização. O setor industrial é o que apresenta maior destaque, com uma expectativa de aumento de 3,89%, seguido dos setores de serviços (2,91%) e agropecuária (2,25%). Para 2022, a projeção permanece positiva sob os mesmos setores: 2,40% para o agropecuário; 2,30% para serviços e 2,0% para indústria.
Taxa de câmbio
No Brasil, a previsão é que exista uma maior desvalorização da moeda ao longo dos próximos meses (na cota de câmbio vigente durante o fechamento desta matéria, um dólar equivale a R$5,46 reais). No entanto, a expectativa de mercado para o futuro, com a retomada da economia global a longo prazo, é otimista.
Esse sentimento de confiança tem por base não somente as atividades de vacinação, mas também o processo de mudança de setores da economia na esteira da aceleração digital, um aspecto reforçado pela pandemia. Para 2022, a estimativa é que o dólar seja equivalente a R$5,26 reais, conforme informa o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central do Brasil (BCB).
Sobre o NUPE
Idealizado como parte integrante e obrigatória da matriz curricular do curso de Ciências Econômicas da Unifor, o Núcleo de Práticas em Economia (NUPE) propicia aos estudantes experiência prática das habilidades aprendidas durante a graduação ao mesmo tempo que presta assessoria econômico-financeira às micro e pequenas empresas do Estado.
No NUPE, os alunos desenvolvem atividades práticas e de pesquisa vivenciadas pelo profissional em Economia, tanto no ambiente privado quanto no setor público. Entre os produtos já realizados pelo Núcleo, estão o relatório de Investimento Estrangeiro no Ceará, o Relatório de Comércio com Portugal 2016 e a Análise da Eficiência dos Gastos Municipais em Educação no Ceará com Efeito Espacial.
Atualmente, o Boletim Econômico Nupe é elaborado pelos alunos da disciplina Técnicas em Pesquisas Econômicas, com orientação e supervisão de professores do Núcleo. Ele oferece à sociedade cearense, por meio de uma linguagem simples e acessível, informações que contribuem para um maior entendimento da situação presente e das perspectivas da economia para os próximos anos.
Dessa forma, o projeto colabora para a formação de uma sociedade reflexiva e de senso crítico, capaz de promover as transformações econômicas e sociais necessárias para a tão almejada arrancada do processo de desenvolvimento econômico do País.