null Bolsa Yolanda Queiroz: conheça os concludentes que se destacaram na graduação

Seg, 11 Julho 2022 17:30

Bolsa Yolanda Queiroz: conheça os concludentes que se destacaram na graduação

A entrega dos prêmios aconteceu durante a Colação de Grau 2022.1 e agraciou quatro alunos de bacharelado e uma aluna de graduação tecnológica


A concludente Ana Beatriz Nogueira, do curso de Engenharia Civil, recebendo a Bolsa Yolanda Queiroz das mãos de Manoela Queiroz Bacelar, Vice-Presidente da Fundação Edson Queiroz (Foto: Ares Soares)
A concludente Ana Beatriz Nogueira, do curso de Engenharia Civil, recebendo a Bolsa Yolanda Queiroz das mãos de Manoela Queiroz Bacelar, Vice-Presidente da Fundação Edson Queiroz (Foto: Ares Soares)

A Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, realizou a cerimônia de Colação de Grau 2022.1 na noite do último dia 1º de julho. A solenidade aconteceu presencialmente no campus da instituição, e contou com a entrega das Bolsas de Pós-Graduação Yolanda Queiroz 2022.2. 

As bolsas podem ser aplicadas na Pós-Unifor, em cursos stricto sensu e lato sensu, e são concedidas semestralmente aos cinco alunos concludentes que obtiveram as maiores notas em seus respectivos Centro de Ciências. A iniciativa, tradição da Unifor, funciona como um incentivo ao crescimento profissional e um reconhecimento pelo desempenho acadêmico dos estudantes da instituição. 

Trouxemos histórias dos egressos gratificados com a honraria, e suas conquistas e superações até este momento. Confira:

Além de contadora e psicóloga, Cristiane Amaro é mãe e avó, e foi muito celebrada por seus professores por ter conseguido se dedicar à graduação com tanto esmero (Foto: Arquivo Pessoal)

Reconhecimento e valorização

Em 2005, durante aulas de psicologia nos antigos cursos de Pós-graduação em Gestão do Potencial Humano nas Organizações e de Extensão em Dinâmicas de Grupo, ambos da Universidade de Fortaleza, Cristiane Amaro, já graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Ceará (UFC), notou surgir o desejo de se aprofundar na área e de se tornar psicóloga. 

Porém, essa vontade só iria se concretizar seis anos depois, em 2011, quando ingressou oficialmente como graduanda no curso de Psicologia da instituição. “Lembro da alegria de iniciar o tão sonhado curso na Universidade com o campus mais lindo! Foram onze anos traçando dois caminhos paralelos, mas que se influenciavam mutuamente: o trabalho em um banco público e a graduação de Psicologia”, conta. 

A egressa, que não pôde estar presente na solenidade de colação, foi uma das agraciadas com a Bolsa Yolanda Queiroz. Para Amaro, a oportunidade de receber a premiação era um sonho, e ser uma das ganhadoras é motivo de muita alegria, pois traz a sensação de se sentir reconhecida e valorizada por sua dedicação aos estudos da Psicologia. 

Aos alunos que ainda estão trilhando seus caminhos na graduação em rumo à bolsa, Cristiane aconselha: “para alcançar nossos objetivos, penso que é preciso primeiro ter autoconhecimento, saber o que se quer realmente; segundo, é preciso ter tempo para se dedicar e, em terceiro, ter vontade para realizar. E também acrescentaria um toque de leveza para ser capaz de curtir”. 

Mostrar o seu potencial

Ana Beatriz Nogueira ingressou na Universidade aos 17 anos, logo após a conclusão do Ensino Médio. A recém-concludente em Engenharia Civil conta que o curso já era sua primeira opção, por sempre ter se familiarizado com matérias de exatas durante o colégio, e achar a área interessante e que poderia abrir diversas portas no futuro. 

Durante a graduação, a egressa teve a oportunidade de fazer um ano de monitoria, período desafiador, mas que fez surgir em seu coração o amor pela docência. “Lembro que ficava realizada quando conseguia explicar algo e ajudar alguém em determinada cadeira”, afirma. Além disso, a engenheira participou da Construtiva, empresa júnior de Engenharia e Arquitetura da Unifor, onde pôde testar seus conhecimentos teóricos na prática e aumentar seu networking.

Nogueira já tinha conhecimento que a bolsa de estudos era ofertada ao aluno de maior destaque em seu centro, mas, revelando sinceridade, não esperava recebê-la, pois sabia que havia uma gama de cursos e pessoas altamente competentes concorrendo. No momento do anúncio da bolsa, a egressa revela que ficou completamente surpresa e feliz ao ser anunciada. 

“Foi um misto de emoções, porque eu já planejava iniciar meus estudos em um mestrado, e com a notícia que eu poderia fazê-lo por meio da bolsa me deixou ainda mais realizada. Tive a sensação de dever cumprido tanto comigo quanto com meus pais, que me apoiaram nessa jornada desde o início”, declara Ana Beatriz.

Para quem deseja ser agraciado com a honraria, a engenheira sugere aproveitar todas as oportunidades que a Universidade oferece, assim como procurar sempre dar o seu melhor naquilo que se propuserem a fazer, seja na sala de aula ou no trabalho. “Acredito que, tanto para a bolsa quanto para a vida profissional, é necessário se desafiar e buscar ampliar seus conhecimentos para se destacar e mostrar o seu potencial”, reforça a engenheira.

Dar continuidade à vida acadêmica


Gabrieli Bertini cursou Engenharia Ambiental antes de ingressar no curso de Publicidade e Propaganda (Foto: Arquivo Pessoal) 

Representando o curso de Publicidade e Propaganda, Gabrieli Bertini foi uma das agraciadas. A publicitária ingressou na Unifor no segundo semestre de 2018, em sua segunda tentativa de graduação. Por não ter se encontrado em seu primeiro curso e gostar muito de empreendedorismo e inovação, viu o mercado publicitário como uma possibilidade de carreira. 

Bertini, que não conhecia a Bolsa Yolanda até recebê-la, revela que foi uma surpresa muito boa. Agora, com o diploma em mãos, a egressa está mirando um mestrado acadêmico, que possa abrir novas portas no mercado e na academia. Assim, ter sido agraciada com a honraria veio em um ótimo momento. “Fiquei muito feliz com a possibilidade de dar continuidade na vida acadêmica na Unifor”, afirma.

O conselho de Gabrieli aos seus futuros colegas de profissão é que aproveitem todas as oportunidades que a academia proporciona, mas também o que o mercado de trabalho tem a oferecer. “Esse é o momento de aprender, acertar e errar. Então, toda experiência é válida. Essas experiências práticas fazem com que a gente fixe mais os conhecimentos e também expandem nossas habilidades humanas, seja em projetos como monitoria, extensão, estágio, programas voluntários etc”, pontua a publicitária. 

Empreender grandes esforços

Por se afeiçoar com disciplinas como literatura e história durante o Ensino Médio, Mateus Peixoto decidiu prestar vestibular para o curso de Direito. Ele relembra que entrou na Universidade sem ter a certeza de que iria gostar e seguir na área, mas, ao ter as primeiras aulas, as incertezas se dissiparam e o graduado se apaixonou pelo curso, passando a se sentir vocacionado a seguir carreira no mundo jurídico. 

Ao longo de sua trajetória acadêmica, Peixoto teve diversas experiências, que incluem o contato direto com a docência, por meio do Programa de Monitoria; a proximidade com a pesquisa; os estágios extramuros e também os projetos de extensão. Além disso, o egresso apresentou trabalhos em eventos e teve artigos publicados em livros e revistas. 

A Bolsa Yolanda Queiroz, assim como para Gabrieli, surgiu em um ótimo momento para Mateus. Ele, que pretende seguir carreira na advocacia e adentrar em um Mestrado Acadêmico da Unifor, já conhecia a honraria, mas achava que abrangia somente os cursos de pós-graduação lato sensu. Então, ao descobrir que o prêmio também abarcava os cursos de Mestrado e Doutorado, ficou bastante surpreso e contente. 

“Tomei conhecimento da Bolsa Yolanda Queiroz no primeiro semestre do curso de Direito. Passei, desde então, a empreender grandes esforços para consegui-la, sempre buscando tirar as maiores notas possíveis em todas as disciplinas. Apesar das minhas boas notas, não possuía grande expectativa em conquistá-la, já que eu não me dedicava integralmente ao estudo das disciplinas cursadas, exercendo uma infinidade de atividades extracurriculares, a exemplo da monitoria e do estágio extramuros”, explica o bacharel. 

Peixoto recomenda aos alunos e futuros profissionais que sigam em frente em seu sonho de serem agraciados com a premiação. De acordo com ele, esse desejo é plenamente possível de ser realizado por aqueles que possuem vontade e dedicação, reforçando a importância de não se deixar desanimar por eventuais desafios.  

Fazer o possível e o impossível

Lode Aragão conta que a moda sempre esteve presente em sua vida. Graduada em Odontologia pela Unifor, área na qual chegou a exercer profissionalmente, foi convidada por duas amigas para abrir uma loja de roupas multimarcas. Em determinado momento, a egressa precisou fechar a loja e sua irmã adoeceu, o que fez com que sua atenção ficasse voltada exclusivamente para o processo de tratamento da familiar.

Infelizmente, sua irmã faleceu, e Aragão entrou em um processo bem doloroso de depressão. Durante esse período, sua mãe e seu marido a matricularam no curso de Design de Moda, para que ela pudesse enfim viver essa paixão. De início, a designer não queria ir, mas decidiu dar uma chance e, com duas semanas de aula, se apaixonou pelo curso. 

Pouco tempo depois de iniciar a graduação tecnológica, a pandemia começou e Lode acabou perdendo seu pai durante a primeira onda. “Eu tive outra grande perda, e foi muito doloroso, muito difícil. Eu não sei o que seria de mim se eu não estivesse na Universidade, fazendo algo que eu estivesse amando. Foi o curso que segurou a barra, que me deu forças pra continuar”, assegura a egressa.

Depois de muito esforço, e com muito apoio por parte de seus docentes para que seguisse trilhando seu caminho, Aragão finalmente conquistou seu diploma como designer de moda, e com um adicional: a Bolsa Yolanda Queiroz. 


(Foto: Acervo pessoal)

“Sinceramente, era uma coisa que eu não esperava nunca receber, por mais que eu sempre tenha me dedicado muito aos estudos, tenha feito tudo dando o meu melhor. Então, foi algo incrível, surpreendente e que me emocionou muito. Fiquei muito lisonjeada, porque eu sei o quanto ela é desejada, e foi quase inacreditável, mas emocionante, e até agora eu ainda nem acredito que é verdade”, revela a egressa.

Assim como os demais ganhadores, a recém-graduada aconselha aos discentes que desejam receber a honraria a sempre darem o seu melhor; a fazerem o possível e, às vezes, o impossível. “Eu dei o meu melhor em um momento muito difícil, com duas grandes perdas, e nem sei de onde tirei forças. Ganhar a Bolsa significou fechar a graduação com chave de ouro. Foi uma noite emocionante, de sonho mesmo, e que vai ser lembrada para o resto da minha vida”, finaliza.