qua, 3 abril 2024 19:06
MEC: Unifor é a 13ª melhor universidade particular do Brasil e a primeira do Norte e Nordeste
O resultado foi conquistado a partir da avaliação do Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado pelo Ministério da Educação, que avaliou 1.998 instituições de ensino superior em todo o país
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), divulgou ontem (2) os resultados de três Indicadores de Qualidade da Educação Superior 2022. Segundo a avaliação, a Universidade de Fortaleza – instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz - é a 13ª melhor universidade particular do Brasil e a melhor do Norte e Nordeste, tendo obtido conceito 4 (alto) no Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC). Com o resultado, a Unifor saltou 10 posições de 2021 a 2022.
“Atingir esse patamar nos deixa imensamente felizes e orgulhosos do nosso esforço contínuo em prol de um ensino cada vez mais qualificado. A visão da Unifor é ser uma das 10 melhores universidades particulares do Brasil até 2030, e ver esse resultado nos deixa muito confiantes que alcançaremos nosso objetivo”, sublinha Randal Martins Pompeu, Reitor da Unifor.
Das 1998 instituições de ensino superior (IES) com IGC calculado, 27,7% (554) tiveram desempenho entre as faixas 4 e 5 do indicador. 60,3% obtiveram nota 3 e, para além disso, 11,7% (234) e 0,3% (6) ficaram nas faixas 2 e 1, respectivamente. Dentre as privadas sem fins lucrativos, categoria em que a Unifor se enquadra, 33% obtiveram nota 4, 56% ficaram na faixa 3 e 11% na faixa 2.
Para Maria Clara Bugarim, vice-reitora de Ensino de Graduação e Pós-graduação, os dados são bastante promissores e mostram que o Ensino Superior no Brasil tem alcançado níveis interessantes em busca de um ensino de qualidade. “Temos a felicidade de ver a Unifor avançando significativamente no IGC, passando à 13ª posição no ranking nacional, considerando as universidades privadas - e figurando no seleto grupo das IES com desempenho entre as faixas 4 e 5. A integração do ensino de graduação com a pós-graduação e o fortalecimento do ensino pelas atividades extensionistas comprovam que essa receita dá certo, pois um ensino de qualidade passa sobremaneira pela pesquisa e pelo desenvolvimento de práticas com a comunidade”, enfatiza.
O diretor de Planejamento da Unifor, Marcelo Magalhães, corrobora com a opinião da vice-reitora ao afirmar que essa nota representa o reconhecimento da excelência da instituição em todos os seus níveis de ensino: graduação, mestrado e doutorado. Ele destaca que essa é uma aspiração já de algum tempo da Unifor e, para isso, uma série de ações vem sendo desenvolvida ao longo do tempo, voltadas à qualidade do ensino, à preparação de professores, à modernização das matrizes curriculares, ao lançamento de estudos bem vinculados à realidade do mercado, e que acabam dando resultado ao longo do tempo.
“O nosso crescimento é algo consistente, vem acontecendo gradativamente, e esse resultado do último ano, pela intensidade da melhoria, uma vez que galgamos 10 posições em apenas um ano, é algo muito difícil de acontecer, são pouquíssimas instituições que conseguem um crescimento nesse nível. É algo que mostra que o trabalho que está sendo feito está realmente no caminho certo e está dando resultados”, complementa.
Sobre os indicadores
Resultado da avaliação das instituições de educação superior (universidades, faculdades e centros universitários), o IGC corresponde à média ponderada das notas do Conceito Preliminar de Curso – CPC (cursos de graduação), um dos indicadores divulgado nesta terça-feira, e dos conceitos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES dos cursos de programas referentes às pós-graduações stricto sensu (mestrado e doutorado), ponderadas pelo número de matrículas de cada curso, referentes ao último triênio.
O Conceito Preliminar de Curso (CPC) leva em consideração diferentes aspectos: desempenho dos estudantes; valor agregado pelo curso; corpo docente; e condições oferecidas para o desenvolvimento do processo formativo. Dos 8.934 cursos de graduação com CPC calculado, 35,9% (3.208) tiveram desempenho entre as faixas 4 e 5 do indicador. Do total 4.861 (54,4%) obtiveram notas médias (3), 848 (9,5%) alcançaram a faixa 2, e 17 (0,2%) ficaram na faixa 1.
O outro resultado divulgado pelo Inep na última terça foi do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD). Esse índice mensura o valor agregado pelo curso, ao considerar os resultados dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), ao fim da graduação, e o desempenho, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), dos mesmos estudantes quando eram ingressantes na educação superior.
O IDD responde por 35% da nota do CPC, que considera ainda o Conceito Enade, com 20% de peso; a porcentagem de professores com mestrado ou doutorado, correspondente a 30% da nota; e a percepção do estudante sobre o curso que tem 15% de peso no indicador.
Pós-graduação
No que se refere à oferta de pós-graduação stricto sensu, observou-se que as instituições com mais programas de mestrado e doutorado se concentram nas faixas superiores (4 e 5) e que nenhuma instituição que oferta cursos dessa natureza ficou na faixa 1 do indicador. A Unifor obteve 4,69 no conceito médio de mestrado e 4,95 no conceito médio de doutorado. Atualmente, a instituição conta com 11 cursos de mestrado, entre profissional e acadêmico, e 5 de doutorado, contemplando as áreas de saúde, gestão, tecnologia e do direito.
Comparando os resultados de 2017 e 2022 e considerando somente os cursos de doutorado, a Unifor saltou da 31ª posição para a 11ª colocação. No âmbito dos cursos de mestrado, o crescimento foi ainda maior, da 56ª posição em 2017 para a 23ª em 2022.
Sinergia que dá resultado
O crescimento da Unifor em todos os aspectos avaliados para a obtenção do IGC é fruto de um trabalho contínuo e consistente realizado por todos os setores da Universidade, ainda que a área do ensino lidere o processo, já que a nota é fortemente influenciada pela capacidade dos alunos em absorver os conhecimentos e mostrar o seu aprendizado na prova.
“Contudo, como o nosso reitor sempre coloca, o importante é a sinergia entre as áreas, e, nesse tipo de avaliação, esse trabalho conjunto é fundamental. Aqui na DiPlan, por exemplo, damos todo o apoio em relação às condições de análise de planejamento, de plano de ação, de melhoria de processo”, reforça o diretor de Planejamento da Unifor.
Marcelo destaca a contribuição da área administrativa, com a estrutura; a tecnologia, com todos os sistemas necessários para os alunos trabalharem; a área de extensão; e a área de pesquisa, que complementam de forma fundamental esse aprendizado. “Sem a contribuição efetiva sinérgica de todas as áreas seria impossível chegar nesse resultado”, assinala.