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Ter, 8 Novembro 2022 09:41

Orgulho Unifor: Estudante de Medicina apresenta trabalho científico em Singapura

Carollina Carmona, aluna da Universidade de Fortaleza, irá apresentar um estudo inédito sobre neurocirurgia pediátrica realizada em fetos ainda dentro do útero


Desde o começo da graduação, Carollina se envolve em projetos, trabalhos, ligas e pesquisas na área de neurocirurgia (Foto: Arquivo pessoal)
Desde o começo da graduação, Carollina se envolve em projetos, trabalhos, ligas e pesquisas na área de neurocirurgia (Foto: Arquivo pessoal)

A aluna Carollina Carmona, do 9º semestre do curso de Medicina da Universidade de Fortaleza – instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz –, irá apresentar um trabalho estadual inédito no Congresso Mundial de Neurocirurgia Pediátrica, que acontecerá de 6 a 10 de dezembro em Singapura, sudeste asiático. O projeto aborda as vantagens das cirurgias intra-útero (que ocorrem, se localizam ou se aplicam dentro do útero) realizadas no Ceará para a correção de mielomeningocele (defeito da espinha bífida aberta que acontece nas primeiras semanas de gestação) em fetos. 

Segundo a futura médica, o estudo foi desenvolvido por uma equipe multiprofissional do Serviço de Medicina Fetal, que realiza esse tipo de cirurgia desde 2019 tanto em serviços particulares quanto públicos. “No total, são 28 cirurgias feitas. O trabalho avalia o desenvolvimento das crianças nascidas e compara com outros métodos de correção e seus resultados”, explica Carollina. 

O trabalho foi orientado pelo pesquisador Eduardo Jucá, médico neurocirurgião do Hospital Infantil Albert Sabin e coordenador do curso de Medicina da Unifor. Doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo (USP), Eduardo possui especialização em Neurocirurgia pela Universidade Paris V e Clinical Fellowship pelo Hospital Necker, ambas na França.

+ Entrevista Nota 10: Eduardo Jucá e a paixão pela neurociência no cotidiano


“Desde o começo da graduação me interesso por neurociências e, em especial, a neurocirurgia. Desde lá atrás me envolvo em projetos, trabalhos, ligas e pesquisas nessa área, sempre acompanhei cirurgias e tudo mais. Em 2019, quando foi realizada a primeira cirurgia fetal em Fortaleza, somente os grandes centros do Brasil realizavam esse tipo de cirurgia, a partir daí a ideia de construir esse trabalho foi se formando. A volta dos grandes congressos presenciais pós-pandemia e a boa quantidade de casos possibilitaram a publicação no congresso internacional de Neurocirurgia Pediátrica, lugar perfeito para apresentar essa experiência, uma vez que se trata de cirurgias realizadas em fetos acompanhados durante a infância”Carollina Carmona, aluna do curso Medicina da Unifor

Para a estudante, a experiência de ir a congressos acrescenta muito no próprio desenvolvimento acadêmico, além da oportunidade de conhecer profissionais que admira e ter a experiência de assistir aulas das áreas que gosta. “Por ser um congresso internacional, tenho a oportunidade de apresentar em outra língua, conhecer experts de todo o mundo e visitar um novo país com novos costumes”, compartilha. 

O papel da universidade

Na Unifor, os alunos são estimulados diariamente a desenvolverem pesquisa científica em diversas áreas. Os mais de 400 professores doutores da Universidade recebem apoio institucional, financeiro e material a projetos de pesquisa. Estudantes de graduação e pós-graduação também participam desses projetos, sendo apoiados por um abrangente programa de bolsas de pesquisa. 

Nesse sentido, estudando na Unifor, Carollina também faz parte do Programa de Monitoria Acadêmica, sendo monitora da disciplina de Patologia e Radiologia. Fora da instituição, ela é diretora da Liga Nacional de Neurocirurgia Pediátrica. “A Unifor me deu a oportunidade de conhecer meu atual orientador e eterno professor, doutor Jucá, que desde o começo me incentiva a estudar, fazer trabalhos, apresentar em congressos e a assistir cirurgias. Sou muito grata por todo o apoio e confiança que recebo”, declara. 

Atualmente, a estudante está no começo do internato – estágio obrigatório onde os estudantes atendem pacientes reais sob supervisão dos docentes da instituição –,  e espera se dedicar aos estudos. Após a graduação, ela aspira concretizar residência de Neurocirurgia em Fortaleza. “E quem sabe uma Especialização em Pediatria”, completa.