null Laboratórios para pesquisa de agentes infecciosos da Unifor iniciam atividades

Seg, 29 Janeiro 2024 16:31

Laboratórios para pesquisa de agentes infecciosos da Unifor iniciam atividades

A estrutura dos laboratórios NB3 e NBA3 foi concebida para o manuseio seguro de patógenos que causam enfermidades como Covid-19, melioidose, Aids e tuberculose


Os laboratórios NB3 e NBA3 pertencem ao Núcleo de Biologia Experimental (NUBEX) da Vice-reitoria de Pesquisa da Unifor (Foto: Ares Soares)
Os laboratórios NB3 e NBA3 pertencem ao Núcleo de Biologia Experimental (NUBEX) da Vice-reitoria de Pesquisa da Unifor (Foto: Ares Soares)

Após um período de planejamento e desenvolvimento intenso, os laboratórios NB3 e NBA3 do Núcleo de Biologia Experimental (Nubex), vinculado à Vice-reitoria de Pesquisa, estão agora integralmente preparados para dar início às atividades de pesquisa. Com o equipamento, a Unifor consolida sua posição de vanguarda e se estabelece como um dos principais centros de pesquisa, assumindo um papel significativo na luta contra doenças de grande mortalidade e que são endêmicas na região.

“Esses laboratórios são parte de um investimento da Fundação Edson Queiroz, mantenedora da Universidade de Fortaleza, refletindo nosso compromisso com a excelência acadêmica e com a responsabilidade social. Ao possibilitar investigações em um ambiente seguro, a Unifor não apenas promove o avanço do conhecimento científico, mas também reforça seu papel na formação acadêmica de profissionais altamente qualificados e conscientes das práticas de biossegurança, seja no âmbito da graduação ou da pós-graduação”, destaca o reitor da Unifor, professor Randal Martins Pompeu.

As instalações deste equipamento de última geração estão aptas para manipular agentes biológicos de classe 3, microrganismos que representam alto risco individual e exigem um nível de contenção avançado. Concebidos especificamente para o manuseio seguro de patógenos que apresentam risco de desencadear enfermidades sérias ou potencialmente letais, tais como Covid-19, melioidose, Aids e tuberculose, os laboratórios desempenham um papel crucial no progresso do conhecimento científico e nas estratégias de enfrentamento dessas moléstias.

De acordo com o professor Milton Sousa, vice-reitor de Pesquisa da Unifor, o início das atividades nos laboratórios NB3 e NBA3 é um marco para a Unifor e para a comunidade científica do Brasil, demonstrando que a instituição está preparada para enfrentar os desafios contemporâneos da saúde pública com recursos e expertise. 

“Os laboratórios são plataformas ideais para colaborações internacionais, atraindo pesquisadores e fundos de instituições globais, o que enriquece o intercâmbio científico e potencializa os resultados das pesquisas. Com isso, a Unifor reafirma seu compromisso com a pesquisa de ponta e com a saúde da população, exercendo um impacto significativo tanto a nível regional quanto global”, reforça Milton.

Estrutura

Segundo a professora da graduação em Farmácia e do Mestrado em Ciências Médicas da Unifor, Ana Cristina Moreira, que coordena o Nubex, a estrutura do biomódulo NB3/NBA3 conta com dois laboratórios para a manipulação segura e controlada de bactérias e vírus (NB3) e um biotério avançado (NBA3), onde animais de experimentação podem ser infectados e mantidos sob rigorosas condições de segurança. Os espaços são projetados para garantir a máxima segurança dos pesquisadores e do meio ambiente, cumprindo com os protocolos de biossegurança que previnem a liberação acidental de patógenos.

O equipamento constitui um espaço multiusuário projetado para a execução de experimentos in vitro no laboratório NB3, ao passo que o NBA3 é especializado em pesquisas in vivo, oferecendo a capacidade de monitorar os impactos de agentes patogênicos em modelos animais. “A diferenciação funcional destes ambientes evidencia o empenho da Unifor em fomentar investigações científicas que perpassam desde o âmbito da pesquisa básica até o desenvolvimento de aplicações clínicas, promovendo, dessa forma, progressos significativos nas ciências da saúde, biologia e biotecnologia”, explica a docente.


As instalações dos laboratórios foram cuidadosamente projetadas para atender aos mais rigorosos padrões de biossegurança (Foto: Ares Soares)

As equipes técnicas dos laboratórios são compostas por especialistas altamente qualificados, que receberam treinamento especializado e estão equipadas com conhecimento e habilidades necessárias para conduzir pesquisas de alto risco com eficiência e segurança. Todo o pessoal envolvido passou por programas intensivos de capacitação em biossegurança, procedimentos operacionais padrão e manejo de emergências relacionadas a patógenos de alta consequência.

Com a infraestrutura e a equipe técnica prontas, os laboratórios NB3 e NBA3 estão agora aptos a iniciar uma série de projetos de pesquisa importantes. Esses projetos visam avançar no desenvolvimento de tratamentos, vacinas e diagnósticos para diversas doenças infecciosas que afetam a população, bem como contribuir significativamente para a saúde pública do Estado e do País.

“Em resumo, os laboratórios passam a ser peças fundamentais no ecossistema de pesquisa e saúde pública, com perspectivas que incluem avanço científico, preparação para emergências sanitárias, colaborações internacionais, educação avançada, desenvolvimento econômico e contribuições significativas para a saúde global. Estamos ansiosos pelos avanços que serão alcançados graças ao trabalho diligente e dedicado de todos os envolvidos neste projeto ambicioso”, celebra Ana Cristina.