null Nubex da Unifor é o primeiro do N/NE a se associar à Rede Nacional de Biotérios

Ter, 26 Fevereiro 2019 11:21

Nubex da Unifor é o primeiro do N/NE a se associar à Rede Nacional de Biotérios

Conhecedor de princípios éticos e morais de bem estar animal, o Biotério de Produção do Núcleo de Biologia Experimental é associado ao Rebioterio (Foto: Ares Soares)
Conhecedor de princípios éticos e morais de bem estar animal, o Biotério de Produção do Núcleo de Biologia Experimental é associado ao Rebioterio (Foto: Ares Soares)

O Núcleo de Biologia Experimental (Nubex) da Unifor é o primeiro biotério do Norte e Nordeste a se associar à Rede Nacional de Biotérios (Rebioterio) entidade ligada ao Conselho Nacional para Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que visa a produção de animais dentro de parâmetros internacionais de bem-estar animal.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) em parceria com CNPq/FINEP/CONFAP realizaram uma chamada pública convidando todos os biotérios de produção de animais no país para apresentarem candidatura à associação Rede Nacional de Biotérios de Produção de Animais para Fins Científicos, Didáticos e Tecnológicos (Rebioterio).

O Núcleo de Biologia Experimental da Unifor participou do rigoroso processo seletivo para o credenciamento dos biotérios de produção, com o objetivo de atender com qualidade a demanda nacional de usuários de roedores. Ao todo, 26 seis biotérios foram associados no país. 

Ramon Raposo, professor no curso de Medicina Veterinária e coordenador do Biotério de Produção do Nubex, afirma que este é o único da região Norte e Nordeste a ter se associado à Rede. “O Nubex possui um plantel de roedores mantidos sob rigoroso controle genético e sanitário e que, agora associado a Rede, poderá fornecê-los a pesquisadores e instituições de pesquisa mediante chamamento e editais de financiamento”, explica o coordenador.

As pesquisas realizadas nos animais envolvem diversas linhas específicas. “Temos linhas de pesquisa que envolvem o desenvolvimento de biofármacos e produtos naturais, desenvolvimento de biofármacos com animais geneticamente modificados, desenvolvimento de pesquisas com doenças crônicas e degenerativas do sistema nervoso, entre outras”, explica Raposo.

Entretanto, o professor ressalta que apesar de utilizarem animais para fins científicos, especificamente ratos e camundongos, há a intenção de diminuição do uso. “Buscamos a diminuição do uso dos mesmos e estamos desenvolvendo métodos alternativos através de cultivos celulares e com embriões do peixe Zebra. A pesquisa científica no Brasil vem avançando bastante no que diz respeito aos cuidados com os animais de laboratórios. Tanto os cuidados sanitários e genéticos como também outros cuidados que geram bem-estar animal. Isso hoje é uma demanda internacional, que se tenha princípios éticos, extremamente coerentes ao princípio dos 3R’s (substituição, redução, refinamento), no desenvolvimento das pesquisas que estão ocorrendo dentro do país”, ressalta.

Cursos do Centro de Ciências da Saúde da Unifor, como Medicina, Medicina Veterinária, Odontologia, Enfermagem e Farmácia e os cursos ligados à Pós-graduação, como o Mestrado em Ciências Médicas, o Mestrado Profissional em Odontologia, o Mestrado Profissional em Tecnologia e Inovação em Enfermagem e a Pós-graduação em Saúde Coletiva, são os que costumam utilizar o espaço para realizar pesquisas em animais. “O curso de Psicologia também costuma avaliar o comportamento dos animais, para pesquisas comportamentais”, completa o professor.