Orgulho Unifor: professor Keny Colares assina publicação científica com destaque no cenário mundial

ter, 22 setembro 2020 11:06

Orgulho Unifor: professor Keny Colares assina publicação científica com destaque no cenário mundial

O artigo obteve amplitude internacional ao figurar no Top 10 do Covid Reference, site administrado por pesquisadores alemães com publicações sobre a pandemia de coronavírus.


O médico infectologista Keny Colares é professor do curso de Medicina da Unifor. (Foto: Ares Soares)
O médico infectologista Keny Colares é professor do curso de Medicina da Unifor. (Foto: Ares Soares)

Artigo científico produzido pelo professor do curso de Medicina da Unifor, Keny Colares, em parceria com outros profissionais de saúde do Ceará ganhou destaque mundial ao ser publicado no site Covid Reference, coordenado por pesquisadores alemães. A publicação descreve seis casos de profissionais de saúde que apresentaram recorrência de Covid-19 no período entre março e abril de 2020, pico da pandemia no estado. 

O artigo assinado por pesquisadores cearenses foi o primeiro do Brasil a relatar esse achado. Pesquisas semelhantes também foram publicadas na França e na China. “Agora, estamos fazendo um acompanhamento para ver se a recorrência é uma raridade ou algo que vai se tornar comum”, destaca o médico Keny Colares, que também é infectologista do Hospital São José (HSJ), ligado à Secretaria de Saúde do Estado (Sesa).  

“A seleção de um artigo nosso em um processo de filtragem internacional sobre o que é mais relevante a respeito da pandemia de Covid-19, dentro de um cenário de produção científica tão intensa, nos estimula, mostrando que temos potencial para produzir coisas interessantes. A quantidade de publicação diária sobre essa doença bateu todos os recordes em termos de publicação científica”, destaca Keny Colares. 

Quem são os outros autores

Além do professor Keny Colares, assinam o artigo: Christianne Takeda, diretora clínica do Hospital São José; Magda de Almeida, secretária executiva de Vigilância e Regulação da Sesa; Ricristhi Gonçalves de Aguiar Gomes, coordenadora da Vigilância Epidemiológica e Prevenção da Sesa; Tatiana Cisne Souza, orientadora da Célula de Informação e Resposta às Emergências em Saúde Pública da Sesa; Matheus Alves de Lima Mota, da Faculdade de Medicina da Universidade de Fortaleza; e Luciano Pamplona, do curso de Medicina do Centro Universitário Christus.

Próximos passos

A partir de agora, os profissionais se mobilizam para um próximo passo do estudo: sequenciar o Sars-CoV-2 e verificar, a partir de técnicas em laboratório, se a recorrência de Covid-19 se trata de uma reativação do vírus, ou seja, o vírus ainda estava vivo no paciente e reativou; ou uma reinfecção, quando o paciente se reinfecta externamente por vírus diferente do primeiro.  

Sólida carreira na virologia

Keny Colares é médico formado pela Universidade Federal do Ceará. Fez especialização, residência, mestrado e doutorado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, que possui dos principais núcleos de doenças infecciosas do país, com ênfase em virologia. Foi em Ribeirão Preto que o professor Keny Colares iniciou sua sólida experiência na infectologia e na ciência, com pesquisas voltadas especialmente ao HIV. 

Quando retornou ao Ceará, em 2007, Kenny iniciou carreira na Universidade de Fortaleza e no Hospital São José, no setor de Infectologia. No hospital, trabalhou com residentes e estudantes internos, “ensinando na beira do leito” e sendo responsável pela formação de diversos médicos no estado. Na Unifor, ao participar da construção do novo currículo do curso de Medicina, contribuiu para os tópicos de clínica médica e doenças infecciosas. Também atuou na implantação do Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas, organizando as linhas de pesquisa, dentre eles na área de infecção de HIV. 

Contribuição na área da Covid

Este ano de 2020, Keny Colares vem atuando na linha de frente de combate à pandemia de Covid-19 no estado. “Pelo tamanho desse desafio, fui estudar para conhecer essa doença e ajudar a Sesa a organizar uma resposta, ajudar a elaborar guias de tratamento e orientações para que os médicos pudessem se atualizar e se preparar para enfrentá-la. Colaborei, junto com outros colegas, em vários cursos, atividades, aulas online e treinamentos desenvolvidos especialmente pela Escola de Saúde Pública” comenta.