seg, 5 dezembro 2022 11:05
Pesquisa Unifor: Docentes atuam em projeto de reconhecimento facial para pessoas desaparecidas
Vasco Furtado e Napoleão Nepomuceno, pesquisadores da Universidade de Fortaleza, desenvolvem tecnologia para auxiliar o Ministério Público do Ceará nas investigações
A Universidade de Fortaleza, instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz, tem como um de seus objetivos contribuir com ações voltadas para a sociedade. Nesse sentido, os docentes Napoleão Nepomuceno e Vasco Furtado vêm atuando no projeto “Testes para reconhecimento facial na busca por pessoas desaparecidas”, do Laboratório de Inovação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Programa Cientista Chefe da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).
Doutor em Ciência da Computação e coordenador da iniciativa, Napoleão destaca que o projeto, a princípio, aplica técnicas de inteligência artificial (IA) e ciência de dados para explorar grandes volumes de informações de natureza diversa para apoiar as atividades de investigação do MPCE. “Dentre as ferramentas desenvolvidas, destaca-se o módulo de reconhecimento facial”, explica.
O módulo citado pelo pesquisador é uma ferramenta desenvolvida com a finalidade de captar faces através de um acervo de fotografias e determinar semelhanças com padrões faciais. Diante do desenvolvimento da tecnologia, iniciou-se uma colaboração com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para que a inovação fosse utilizada pelo Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid).
“Nesta primeira fase, buscou-se identificar possíveis correspondências entre registros da base do Sinalid. Estas correspondências, descobertas através da tecnologia de reconhecimento facial, podem significar duplicidade de registros de desaparecimento (pois podem ser realizados por diversos órgãos da administração pública de forma independente), ou ainda auxiliar na resolução de casos de desaparecimento” – Napoleão Nepomuceno, professor da Universidade de fortaleza e doutor em Ciência da Computação
As perspectivas da iniciativa são bem promissoras, uma vez que existe a possibilidade da tecnologia de reconhecimento facial ser incorporada ao Sinalid. Dessa forma, será possível “corroborar com aprimoramento do sistema de busca de pessoas desaparecidas”, segundo o coordenador do projeto, que é mestre em Informática Aplicada pela Unifor.
Conheça o Programa de Pós-Graduação em Informática Aplicada (PPGIA)
O PPGIA da Unifor incentiva projetos e pesquisas de inovação e (Foto: Getty Images)
O Programa de Pós-Graduação em Informática Aplicada (PPGIA) é comprometido com a formação de pesquisadores com alta qualificação, treinados nas mais recentes metodologias de pesquisa científica para a produção de trabalhos acadêmicos originais e de impacto nas áreas de computação e afins. O programa incentiva a produção independente de trabalhos científicos por parte dos alunos. As inscrições para a seleção do Mestrado e Doutorado em Informática Aplicada estão abertas até o dia 9 de janeiro.
O Mestrado é voltado para quem deseja pesquisar e desenvolver sistemas computacionais na área de Ciência da Computação e tem como objetivo a solução de problemas sociais, de indústrias, empresas e governos que possam utilizar metodologias na área, por meio de metodologias da área.
Já o Doutorado tem como público-alvo profissionais que pesquisam novas metodologias para o desenvolvimento de sistemas de computação, com enfoque na solução de problemas atuais da sociedade que envolvam empresas, órgãos governamentais e outras universidades e institutos de pesquisa. Esta especialização objetiva desenvolver habilidades para a pesquisa aplicada e docência para o ensino superior.
