qui, 13 maio 2021 15:26
O futuro é logo ali: estudantes da área de Tecnologia contam como se imaginam daqui a 10 anos
Os jovens dão suas previsões para o futuro da tecnologia
Em 1962, estreava nas televisões americanas o desenho animado "Os Jetsons". O programa, do estúdio americano Hanna-Barbera, tinha como tema a "Era Espacial" e retratava a vida de uma família que vivia no ano 2062, ou seja, um século à frente de sua data de lançamento. Esse foi o primeiro desenho em cores a passar na televisão, e mostrava como o futuro seria, de acordo com a visão dos criadores. Cidades suspensas, robôs e carros voadores eram apenas alguns exemplos.
No Brasil, o desenho animado estreou em 1963 e conquistou um público fiel, que se lembra dos dias passados em frente à televisão imaginando como de fato seria o século seguinte. Ainda que a maior parte das previsões retratadas nos Jetsons não correspondam exatamente às tecnologias existentes nos dias atuais, as previsões para 2030 talvez sejam mais equivalentes, e estão se encaminhando para sair da ficção e se tornar realidade.
Desenho animado “Os Jetsons” retratava uma família que vivia no ano de 2062 (Imagem: Divulgação)
Os primeiros a assistir ao desenho americano quando crianças foram aqueles nascidos entre 1965 e 1981, conhecidos como geração X. Essas pessoas cresceram com promessas de aparelhos eletrônicos e vislumbres de uma tecnologia que estava por vir, mas que ainda não estava presente em seu cotidiano. A geração seguinte, conhecida como Y ou millennials, formada pelos nascidos entre 1982 e 1994, é caracterizada por ter um maior contato com as tecnologias digitais já existentes naquela época.
Hoje, a geração que dominou as redes sociais, e que tem a internet como grande companheira, é a Z. Os nascidos entre a segunda metade dos anos 90 e a primeira década dos anos 2000 estão acostumados com as tecnologias existentes, e se sentem confortáveis nesse meio, em comparação com as gerações anteriores. São eles que ocupam as universidades no momento, e estão a um passo de dominar o mercado de trabalho, principalmente o da tecnologia.
Mas, com a rápida evolução da tecnologia e da ciência, até mesmo os "GenZ" se questionam sobre o que o futuro os reserva. Para trazer um panorama sobre como a tecnologia projeta uma nova geração de pessoas, dois estudantes do Centro de Ciências Tecnológicas da Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, contam como se imaginam daqui 10 anos, e lançam suas previsões para o futuro tecnológico. Confira:
Um futuro positivo
Emanuelle Neves do Nascimento, 22 anos, sempre gostou da área da computação. Ao terminar o ensino médio, a ideia era cursar Ciência da Computação, mas acabou por optar pelo curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, por estar mais em conta. Para a aluna, o futuro já tem um caminho certo: a ideia é trabalhar com programação, especialmente com linguagem python, uma linguagem de programação de alto nível; Emanuelle conta que a área de análise de dados ou segurança da informação também são caminhos que deseja seguir.
Emanuelle Nascimento, estudante do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Unifor (Foto: Arquivo pessoal)
A tecnologia existente hoje, não é a mesma de décadas atrás. Certamente, não será a mesma da próxima década. A estudante, ao ser questionada sobre como imagina a tecnologia daqui há 10 anos, diz: "Imagino que teremos muitas outras linguagens de programação cada vez mais interessantes e desafiadoras, e que será mais fácil desenvolver uma ideia através da tecnologia".
Emanuelle tem uma visão positiva sobre o futuro da tecnologia. "Acredito que, se utilizada corretamente, a tecnologia só tem a agregar na sociedade, resolvendo problemas comuns do dia a dia e facilitando cada vez mais atividades comuns", afirma.
Faca de dois gumes
Aluno do curso de Ciência da Computação da Unifor, Arthur Cavalcante Silva, 19 anos, conta que, desde pequeno, já mexia com computadores. Guiado pela curiosidade e a pela vontade de entender como as coisas funcionam, ele fez cursos de programação antes de ingressar na universidade e espera, daqui a 10 anos, começar uma empresa de tecnologia que abrange vários ramos das ciências tecnológicas.
Arthur Cavalcante, estudante do curso de Ciência da Computação (Foto: Arquivo pessoal)
Para Arthur, prever novas tecnologias é algo inimaginável. Segundo ele, a tecnologia é muito dinâmica, e evolui muito rapidamente. "A única forma de saber como ela será, é participando da criação de novas tecnologias, que provavelmente serão para atender uma necessidade que pode ainda nem existir. Dessa forma, a solução não pode nem ser imaginada, pois o problema pode nem existir ainda", diz o estudante.
O estudante de Ciência da Computação tem uma visão diferente da de Emanuelle sobre o futuro da tecnologia. Segundo ele, a tecnologia é uma “faca de dois gumes”: "Pode ser usada para facilitar a vida das pessoas e proporcionar uma melhor qualidade de vida para todos, suprindo necessidades que coisas como a medicina não são capazes de solucionar. Ou, então, pode ser usada para controlar massas e alienar pessoas, ou até mesmo para legalizar mais guerras e armas".
O que o futuro reserva?
O futuro é, de fato, incerto. É normal as pessoas tentarem prever o futuro, mesmo que seja apenas em rodas de conversa entre amigos ou em pensamentos individuais. Os criadores do desenho animado "Os Jetsons" especularam como o próximo século - o século atual - seria e do que os aguardava. Quase 60 anos após sua estreia, talvez o programa venha a ser mais visionário do que se imagina. Nos vemos em 10 anos!
Estude na Universidade de Fortaleza em 2021.2
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