Projeto que leva urbanismo e paisagismo a escolas de Fortaleza é premiado em evento da Unifor

seg, 5 agosto 2024 18:45

Projeto que leva urbanismo e paisagismo a escolas de Fortaleza é premiado em evento da Unifor

Atividade de extensão faz parte do currículo do curso de Arquitetura e Urbanismo, que promove ações integrando as disciplinas do mesmo semestre


Projeto teve como foco o compartilhamento de saberes sobre a cidade, meio ambiente e urbanismo, além do desenvolvimento de ações práticas e engajamento estudantil (Foto: Arquivo pessoal)
Projeto teve como foco o compartilhamento de saberes sobre a cidade, meio ambiente e urbanismo, além do desenvolvimento de ações práticas e engajamento estudantil (Foto: Arquivo pessoal)

A participação de estudantes da graduação em práticas extensionistas promove a formação cidadã por meio da aplicação do conhecimento em experiências reais de protagonismo estudantil, além de contribuir com iniciativas de transformação social. Nesse sentido, a Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, promove o Encontro de Curricularização da Extensão (ECOE).

Durante o evento, o projeto “Caminhos da extensão: divulgando conceitos de urbanismo e paisagismo em escolas de Fortaleza”, idealizado por estudantes e professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, foi premiado com a certificação de Melhor Prática de Curricularização da Extensão da Graduação da Unifor de 2024.1.

Na atividade, alunos e docentes atuaram em uma escola pública, localizada dentro da área de estudo do projeto, e promoveram a aproximação com os conceitos relacionados ao urbanismo e paisagismo no cotidiano do ensino médio, tais como: 

  • impacto dos espaços públicos para a qualidade de vida da população, 
  • conhecimento sobre arborização com o foco na urbanidade,
  • uso dos espaços urbanos por pedestres, motivando a apropriação dos espaços coletivos.

Ressignificando a sala de aula

Todos os professores das disciplinas do semestre se envolvem na ideação, preparação e execução do projeto. Eles ministram aulas de projeto, tecnologia da construção, representação gráfica e teoria e história. A orientação engloba o repasse do significado da atividade de extensão, a decisão e construção dos conteúdos e as metodologias de abordagem com os alunos da escola, além do apoio direto e participativo nos dias de realização das ações.

Para Camila Girão, docente do curso de Arquitetura e Urbanismo e responsável pelo projeto, ter a chance de entender as demandas reais de uma população – não apenas extraindo informações, mas também contribuindo com a execução de benefícios diretos – e ver os alunos compreendendo que os conteúdos teóricos e técnicos de sala de aula podem ser aplicados diretamente ao cotidiano e bem-estar das pessoas foi um processo gratificante.

“É igualmente motivador para os professores a ressignificação da sala de aula, ampliando esse ambiente a um lugar de oportunidades de desenvolvimento sustentável”, declara a docente.


“Os resultados apontam que a inserção da extensão beneficiou a compreensão dos alunos do curso sobre a realidade das comunidades envolvidas, assim como permitiu uma contribuição significativa às comunidades, trazendo reflexões sobre o direito à cidade e a construção de cidadania, além de uma ação prática de plantio de mudas, incluindo mudas hidropônicas e ações de engajamento estudantil”Camila Girão, docente do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unifor

A professora salienta ainda a ampliação dos horizontes profissionais que a experiência proporciona aos futuros arquitetos e urbanistas. Segundo ela, durante as etapas do projeto, os alunos manipulam protótipos, organizam orçamentos, atuam com design, desenvolvem habilidades relacionadas à expressão oral, lidam com gestão de conflitos, entre outras descobertas que podem direcionar a jornada profissional.

Da teoria à prática

Quando Arthur Machado, estudante do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unifor, soube do projeto, logo se interessou pela oportunidade de divulgar temas relacionados à sua área de estudo, uma vez que praticamente não existem ações sobre algumas das questões tratadas na iniciativa. Segundo o discente, ele já planejava fazer algo semelhante individualmente, mas a chance de realizar esse trabalho com os colegas de turma foi gratificante.

O jovem conta que participou da organização e escolha dos temas que foram apresentados para as crianças da EMTI Maria Odete da Silva Colares, localizada no bairro Messejana, em Fortaleza. Também desenvolveu uma torre de hidroponia de baixo custo, com o intuito de promover o crescimento de hortaliças com melhor aproveitamento de espaço e manutenção.

O projeto de extensão é muito interessante para sair do campo teórico e entender como as coisas podem ser executadas. Do ponto de vista financeiro, temos que nos unir para angariar recursos e ir à comunidade apresentando algo interessante. Com relação ao material, é necessário saber o que levar. Na parte teórica, precisamos entender sobre o que estamos falando e passar de forma muito clara, para que todos consigam compreender”, explica o aluno.


“O projeto nos ajuda a aprofundar, a entender melhor nosso conteúdo, nossa ação, e também a trazer para as pessoas o que aprendemos na Universidade, de forma simples e lúdica”Arthur Machado, estudante de Arquitetura e Urbanismo da Unifor

Entre os momentos vividos na visita à escola, Arthur destaca as brincadeiras e jogos promovidos para explicar às crianças, de forma lúdica, como funciona o trabalho do arquiteto e do cidadão dentro da cidade. “Outro ponto interessante foi conseguir desenvolver um projeto diferente e que chama bastante atenção, mostrando soluções que podemos realizar com baixo custo”, relembra. 

Além da professora Camila Girão, também participaram do projeto os docentes Camila Bandeira Cavalcante, Bruna Gripp Ibiapina Portela, Flávia Telis de Vilela Araújo, Nággila Taissa Silva Frota e Raquel Moraes Vitor Cortez.

Sobre o ECOE

O Encontro de Curricularização da Extensão é um evento acadêmico e sociocultural que visa promover a curricularização da extensão como estratégia de fortalecimento do protagonismo estudantil no processo de formação profissional e cidadã para transformação da sociedade.

Nesse sentido, o ECOE é um espaço de troca de conhecimentos: ao mesmo tempo em que oportuniza estudantes e professores apresentarem experiências exitosas de práticas Extensionistas integradas aos currículos de cursos de graduação e pós-graduação da Unifor e de outras instituições de ensino superior, busca valorizar o tripé Ensino-Pesquisa-Extensão como alicerce educacional histórico-institucional da Universidade.

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