seg, 8 maio 2023 14:09
É hora de construir novos sonhos com as #SuperBolsas!
Implementado em 2023, o Programa Super Bolsas Filantrópicas da Unifor se consolida com mais de dois mil estudantes contemplados e amplia critérios de seleção em novo edital
Nas famosas listas de metas pessoais, iniciar uma faculdade é um sonho que muita gente quer poder riscar. Em meio a desafios de distintas ordens, alcançá-lo é empoderador. Exagero? Nada disso! O adjetivo é, mais do que isso, um sentimento que emerge de muitos que, hoje, fazem parte da Universidade de Fortaleza, mantida pela Fundação Edson Queiroz, por meio do Programa Super Bolsas Filantrópicas.
É o superpoder de um sonho possível: fazer com que as pessoas tenham a certeza de que são capazes de realizar diversos outros a partir do conhecimento. São milhares de estudantes, espalhados pelos quatro Centros de Ciências da Unifor, já cursando uma graduação com bolsas de 50% ou 100%.
O sucesso da iniciativa é tanto que ela é celebrada não apenas por quem já foi contemplado, mas também por aqueles que ainda esperam ansiosos pelo resultado positivo e, em paralelo, por quem está à frente, desde já, do planejamento de expansão do Programa.
O primeiro edital das Super Bolsas Filantrópicas, lançado no início deste ano, é resultado da obtenção do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS) pela Fundação Edson Queiroz junto ao Ministério da Educação (MEC).
Para concorrerem a uma vaga em um dos cursos da Unifor — tanto os presenciais quanto os da modalidade EAD —, bastava aos candidatos cuja renda familiar per capita fosse de até três salários mínimos terem concluído o ensino médio, não terem curso superior finalizado e preencherem critérios socioeconômicos previamente definidos.
Avaliação exitosa
Com tais condições, o resultado é expressivo: ao fim do primeiro semestre de implementação do Programa, o saldo é de 2.132 candidatos que atenderam aos requisitos da edição inaugural. Deste total, 97% das bolsas concedidas foram de 100%.
O balanço é feito pela professora Clara Bugarim, Vice-Reitora de Ensino de Graduação e Pós-Graduação (VRE) da Unifor. “As bolsas foram distribuídas nos quatro Centros de Ciências, contemplando todos os cursos da Universidade”, enfatiza.
Além da grande maioria de alunos beneficiados com a isenção total de mensalidades, outros 3% das bolsas já concedidas foram de 50%. “Nossa avaliação é de que o Programa tem se mostrado extremamente exitoso, uma vez que contabilizou mais de 23 mil inscritos nesta primeira edição”, complementa.
Segundo ela, no último edital, o Centro de Comunicação e Gestão (CCG) foi destaque com o maior número de bolsistas contemplados, principalmente nos cursos de Administração e Marketing Digital. No Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), foram mais de 200 beneficiados só no curso de Direito.
Ao todo, 15 cursos do Centro de Ciências Tecnológicas (CCT) também foram agraciados com 535 bolsas. Já no Centro de Ciências da Saúde (CCS), contabiliza Clara, mais de 270 bolsistas cursam atualmente um dos 11 cursos à disposição. Os números, para a Vice-Reitora, demonstram uma excelente aceitação da comunidade acadêmica e da sociedade no entorno da Universidade.
“Iniciativas como essa corroboram com a função social da Universidade, quando oportunizam ações concretas de transformação da realidade de nosso estado” — Clara Bugarim, Vice-Reitora de Ensino de Graduação e Pós-Graduação (VRE) da Unifor
Oportunidade única
Aluna do primeiro semestre do curso de Direito, Jaellen Lopes, 20 anos, é uma das contempladas no CCJ. Tendo concluído o ensino médio em uma escola profissionalizante da rede estadual de educação, ela se formou também como técnica de enfermagem, mas não se identificou com o trabalho na área.
Viu na oportunidade de fazer a graduação o primeiro passo para um grande objetivo profissional: o de, no futuro, passar em um concurso público para atuar na Polícia Federal.
“Desde a primeira aula, já fiquei encantada. Não sabia se queria fazer Direito com 100% de certeza, mas, como essa área na qual quero trabalhar precisa da formação, escolhi o curso e estou amando. Gostei muito da escolha que fiz”, conta.
Jaellen lembra que soube das Super Bolsas Filantrópicas da Unifor por meio de uma publicação em rede social. Incentivada pelo irmão, formado no ramo, resolveu tentar. Após a expectativa do processo seletivo, veio, finalmente, o resultado.
“Foi um momento muito emocionante, porque eu não acreditava que poderia estudar em uma das melhores universidades do Brasil, e com bolsa de 100%” — Jaellen Lopes, aluna do curso de Direito da Unifor
Todos protagonistas!
Embora ainda esteja no início do curso, a estudante sente como diferencial para sua formação o papel central dado ao corpo discente em diferentes aspectos da experiência acadêmica que acumula até aqui.
“A Unifor dá um espaço para o aluno que não tem como não notar. Somos protagonistas nas aulas, nas atividades, nas visitas, em tudo. Os professores se esforçam para que todos participem de forma igualitária e sejam também protagonistas em suas próprias histórias”, afirma.
Como bolsista, ela ainda observa a diversidade promovida a partir do Programa. Jaellen guarda uma memória especial de uma aula de Gestão de Conflitos, quando a turma foi estimulada a dividir os motivos da escolha pelo Direito.
“Muita gente teve relatos emocionantes. Teve pessoa com mais de 40 anos falando: ‘olha, eu achei que não tinha mais como fazer faculdade, e essa oportunidade que a Unifor nos deu, das bolsas, fez a gente ter um novo horizonte’. Muitos disseram que tinham esse sonho e não puderam (realizá-lo) por causa de filhos, de trabalho” — Jaellen Lopes, aluna do curso de Direito da Unifor
O que era para ser uma roda de conversa foi além. “Ver que muitas pessoas tiveram a oportunidade de entrar em uma graduação — pessoas que talvez não poderiam nunca ingressar em uma faculdade particular e agora, graças ao Programa, podem — fez a maioria da turma se emocionar”, completa.
Mudança de cidade, nova etapa de vida
A entrada na Universidade não foi a única novidade na vida de Grazielle Oliveira, 21 anos, aluna do primeiro semestre do curso de Estética e Cosmética. O ensino superior, para ela, veio também com uma mudança de cidade.
Natural de Tianguá, na região Norte do Ceará, Grazielle soube das Super Bolsas Filantrópicas por uma tia, que mora em Fortaleza, no início deste ano. Àquela altura, já tinha planos de trocar o interior pela capital em busca de desenvolvimento profissional. A conquista foi, à primeira vista, surpresa; depois, realização.
“Sempre me interessei muito pela área. Sou do interior, então vim para a ‘cidade grande’ na busca por esse futuro. Veio a oportunidade da bolsa, que vai me proporcionar uma ótima experiência, me capacitar para ser uma ótima profissional nesse mercado de trabalho tão competitivo”, projeta.
Além da excelência dos professores com quem vem tendo contato já no início do curso, a Unifor também tem sido, para a aluna, um ambiente acolhedor nos primeiros meses em Fortaleza, onde tem conhecido novas pessoas e feito amizades. No combo da experiência acadêmica, ela ainda tem aproveitado para se aproximar das diferentes possibilidades de aprendizagem que poderá explorar durante a graduação.
“[A Unifor] Tem uma didática bastante completa, com ótimos professores, meios de aprendizado como os laboratórios e as monitorias. E a Biblioteca, bem completa, com livros tanto físicos como virtuais” — Grazielle Oliveira, aluna do curso de Estética e Cosmética da Unifor
Grazielle sabe que ainda tem muito pela frente, mas, desde já, quer aproveitar estes e outros diferenciais da instituição para se tornar uma profissional qualificada. Na lista de metas pessoais, há outra que pretende riscar no futuro: “tenho o sonho de montar minha clínica estética e poder proporcionar minha experiência para as pessoas”.
Apoio importante no início
Para Felipe Scheidt, 21 anos, aluno do primeiro semestre do curso de Engenharia Civil, o ingresso no ensino superior é também sinônimo de trânsito. Todos os dias de aula, sai de Chorozinho, na Região Metropolitana de Fortaleza, rumo à Unifor.
A motivação para o bate-volta entre dois municípios é colocar em prática a afinidade com a construção civil, que cresceu nele antes mesmo de decidir qual curso faria. Felipe já teve uma experiência profissional relacionada a licitações na gestão pública. Do gosto por obras, surgiu o desejo de estudar engenharia civil. “Me inscrevi [no processo seletivo] e não acreditava que daria certo, mas, graças a Deus, deu. Foi muita felicidade”, comemora.
Para concorrer à bolsa, o futuro engenheiro utilizou a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — uma das possibilidades previstas no primeiro edital das Super Bolsas Filantrópicas, além do próprio vestibular da Unifor e da redação. A alegria do aceite, contudo, veio com um desafio.
Por conta dos trâmites do processo seletivo, Felipe começou a acompanhar as aulas algumas semanas após os colegas de turma. Nada que o desanime: ele diz que vem contando com o suporte da coordenação do curso para não perder nada e também aderiu às mentorias. São encontros semanais, além das aulas que frequenta à noite, em que tem o apoio de outros alunos com os conteúdos do semestre.
O estudante reconhece que tais ações são importantes para que consiga usufruir ao máximo de toda a formação na Unifor. Ainda que não tenha concluído o primeiro semestre do curso, ele já tem clareza sobre o que o tem encantado na Universidade: além do corpo docente e da estrutura à disposição, a possibilidade de desenvolver a capacidade de liderança para a atuação profissional.
“A gente teve uma dinâmica de apresentação do que é a engenharia civil e do que ela pode fazer na nossa vida. O engenheiro tem que ter liderança, e é isso que quero para a minha vida. Não me vejo trabalhando em outra área” — Felipe Scheidt, aluno do curso de Engenharia Civil da Unifor
Muitos planos pela frente
A mesma sensação de alegria descrita por Jaellen, Grazielle e Felipe chegou até Tamiris Carneiro, 29 anos, aluna do primeiro semestre do curso de Marketing da Unifor, já durante a produção desta reportagem. Ela viu o tão esperado resultado de conquista da bolsa um dia após dar entrevista.
“Sou imensamente grata por isso. Como [o filósofo e educador] Mário Sérgio Cortella diz: ‘faça o melhor na condição que você tem, enquanto não tem condição melhor para fazer melhor ainda’. Assim tenho feito, buscando dar o meu melhor, dentro das minhas possibilidades, em prol dessa formação”, reflete.
Tamiris rememora que o primeiro dia de aula, para ela, já foi “disruptivo”. Após uma palestra sobre tecnologia e empreendedorismo, enxergou ali um “mar de possibilidades” que se abria na instituição. Tanto é que, além das aulas, oficinas e eventos dos quais pretende participar ao longo do curso, ela já tem planos de mergulhar na internacionalização possibilitada pela Unifor.
“[Quero] participar do ‘Buddy Program’ [programa de integração que permite a ‘adoção’ de estudantes estrangeiros por alunos da Unifor durante a trajetória acadêmica de intercambistas no Brasil], fazer intercâmbio, conquistar dupla titulação, me formar e ser uma excelente profissional” — Tamiris Carneiro, aluna do curso de Marketing da Unifor
Na carreira a ser trilhada na área de marketing, Tamiris também espera unir objetivos profissionais a aspirações pessoais, perspectiva que a instigou na escolha pela graduação. “Pretendo conseguir liberdade geográfica e flexibilidade nos horários, trabalhando com empreendedorismo”, planeja.
Boa notícia: ampliação do programa!
Diante do êxito do Programa no primeiro semestre de implementação, a ampliação dos critérios de seleção já está prevista para a segunda edição das Super Bolsas Filantrópicas da Unifor.
O primeiro edital já contemplava, por exemplo, pessoas recém-saídas do ensino médio ou mesmo quem já tivesse concluído tal etapa há mais tempo, assim como funcionários da Fundação Edson Queiroz e até mesmo alunos que estavam cursando a primeira graduação na Unifor.
Entenda como calcular a renda mensal bruta da família e saber a qual bolsa você pode concorrer. No exemplo, a pessoa interessada poderá solicitar a bolsa de 50%, já que a renda per capita ultrapassa 1,5 salário mínimo (Ilustração: blog.acordocerto.com.br)
No cálculo da renda familiar per capita de até três salários mínimos, havia duas possibilidades. Se o valor por pessoa fosse de até um salário mínimo e meio (em média, R$ 1.800,00), o candidato poderia conseguir uma bolsa integral. Já se o valor fosse de até três salários mínimos (em média, R$ 3.600,00), ainda havia chance de conseguir uma bolsa de 50%. Nas atuais regras, que devem ser mantidas, as bolsas têm duração de um ano e são renovadas também anualmente.
Clara Bugarim adianta que, no próximo edital, com data de publicação prevista para dia 8 de maio, também serão contemplados alunos já graduados, que poderão cursar uma segunda graduação na Unifor.
“Essa projeção já se efetiva com a publicação do segundo edital, que contará com a oferta de 1.608 vagas, em todos os Centros de Ciências. Entendemos que este é um Programa continuado e, semestralmente, serão definidos os quantitativos de bolsas ofertadas para cada curso”, detalha.
Contribuições para o hoje e o amanhã
A partir disso, nos próximos anos, alunos que hoje dão os primeiros passos na Universidade poderão prestar contribuições à sociedade como profissionais de excelência em diferentes áreas. Para a Unifor, porém, há ganhos simbólicos e práticos, evidenciados no campus desde já.
O Programa Super Bolsas Filantrópicas é apenas uma das muitas ações de acessibilidade ao ensino superior e de responsabilidade social promovidas pela Unifor (Imagem: Divulgação)
“Em primeiro lugar, o Programa acolhe as necessidades da sociedade, quando oportuniza às pessoas de menor poder aquisitivo transformarem seus sonhos em realizações, por meio da educação. Também abre as portas da Universidade para a pluralidade, promovendo um ambiente inclusivo de produção de conhecimento”, avalia a Vice-Reitora de Ensino de Graduação e Pós-Graduação.
Para além destes dois aspectos, Clara afirma, ainda, que as Super Bolsas Filantrópicas consolidam o compromisso social do industrial Edson Queiroz (1925-1982) — que fundou a Universidade de Fortaleza há 50 anos, promovendo grandes mudanças nos cenários científico e profissional do estado.
“Um homem que desejou construir um ambiente educacional para multiplicar ‘amanhãs’ individuais e, coletivamente, alavancar o desenvolvimento do Ceará e do Nordeste, sempre na vanguarda da formação de líderes e profissionais de excelência”, conclui.