seg, 6 fevereiro 2023 11:33

Expandindo as fronteiras do conhecimento

Com cerca de 140 oportunidades de intercâmbio diferentes, a Unifor oferta um vasto leque de possibilidades para atender os mais variados objetivos rumo à internacionalização

Que faça a primeira mala quem sonha ser um cidadão do mundo! Embarcar na ponte aérea rumo ao conhecimento deixou de ser luxo no mundo cada vez mais conectado em que vivemos. Se puder, entre no avião sem medo e vá desbravar outros países com muita sede de aprender. Quem já foi garante: fazer um intercâmbio ou participar de missões internacionais muda a vida e são ferramentas fortes para turbinar o currículo e se destacar no mercado e na academia.

É por isso que a Universidade de Fortaleza (Unifor), vinculada à Fundação Edson Queiroz, abriu a seus alunos de graduação e pós-graduação um vasto leque de oportunidades. São 140 possibilidades de intercâmbio por meio das parcerias firmadas com instituições de ao menos 30 países diferentes. Isso sem falar nas tantas outras portas de internacionalização que estão prontas para serem abertas, como missões internacionais, programas de férias, disciplinas em inglês e por aí vai.

“As parcerias internacionais da Unifor oferecem não só uma oportunidade de intercâmbio acadêmico, mas também a possibilidade dos discentes Unifor viverem uma experiência de imersão em um novo país e cultura, com possibilidade de criação de laços e networking que serão essenciais para o desenvolvimento no mercado de trabalho internacionalmente”, destaca a Chefe da Assessoria para Assuntos Internacionais e do Escritório EducationUSA da Unifor, Lina Sena.

Aprimorar outros idiomas e ampliar a visão de mundo

A jornalista Natália Coelho sempre teve interesse em experiências internacionais. Como já havia turbinado o inglês na escola em um intercâmbio nos Estados Unidos, decidiu atravessar o Atlântico até a Espanha em busca de aprimorar o espanhol. Ou melhor, o castellano. “Meus pais sempre me incentivaram, especialmente pelo idioma”, conta.

Era 2018, e ela estava na graduação em Jornalismo da Unifor quando decidiu estudar literatura do outro lado do mundo em intercâmbio na Universidad de Salamanca. “Também queria ampliar meus horizontes sobre a conjuntura e política internacional. Ia passar só seis meses, mas a experiência foi tão rica que fiquei um ano”, lembra.

A vivência na Espanha acabou rendendo mais frutos do que só melhorar a fluência em espanhol, repercutindo até mesmo na função que abraçou no mercado de trabalho. Natália atua com jornalismo internacional na Agência Estado. Conta que grande parte dos conteúdos com os quais trabalha vêm em outros idiomas e que todo dia se debruça sobre assuntos como política e economia internacionais, especialmente voltados ao mercado financeiro.

A vivência pessoal, ela diz, também é rica. O fato de ter morado em outros países longe da família lhe deu coragem de se mudar para São Paulo definitivamente, onde pretende construir sua carreira.

Segundo Natália, a Unifor deu um bom “empurrãozinho” em todo o processo ao oferecer um escritório de intercâmbio que dá todas as informações, além de parcerias que abrem muitas oportunidades. “Fui para uma das palestras na Universidade e foi quando a possibilidade de fazer o intercâmbio se tornou real. Nem precisei de consultoria, porque recebi esse serviço de graça”, revela.

Dupla titulação para expandir fronteiras

Quem vive agora uma experiência semelhante é a estudante de Administração, Taís Carvalho. O desejo de ter uma vivência no exterior, que sempre cultivou, se tornou realidade graças ao programa de dupla titulação da universidade. 

Encorajada por professores, resolveu abraçar o desafio. “Achei que seria uma experiência muito bacana para sair da zona de conforto, o que estava fazendo em Fortaleza. Trabalhava e estudava, mas queria fazer algo a mais”, conta.

Na dúvida se iria para Portugal ou Alemanha, ficou com a segunda opção pela identificação pessoal com a Escola de Economia e Direito de Berlim (HWR Berlin), parceira da Unifor. Taís chegou em setembro e deverá seguir na capital alemã por um ano, até conseguir todos os créditos que lhe garantirão diploma em ambas as universidades.

E se você acha que não dominar o alemão é uma dificuldade para ir estudar no país, ela garante que não é nenhum empecilho. Isso porque as aulas são em inglês e a própria instituição oferece um curso intensivo de alemão. “Estou treinando meu inglês e desbravando o alemão. É muito desenvolvimento que a gente sente com o idioma, sobe muito o nível”, compartilha. 

Em Berlim, Taís estuda Negócios Internacionais. Lá, tem conhecido gente de toda parte do mundo, aprendendo sobre diferenças culturais e mudado sua visão até mesmo sobre os problemas e costumes do Brasil.

Também conta que está curtindo a pegada mais acadêmica da universidade na Alemanha, que complementa a rica preparação ao mercado de trabalho oferecida no curso da Unifor. Para ela, o intercâmbio com dupla titulação vai ajudar a turbinar o currículo, seja no exterior ou trabalhando no Ceará.

Uma porta valiosa para trabalhar no exterior

A estudante de Comércio Exterior Emilaine Castro também optou por buscar a dupla titulação por meio de um intercâmbio na Alemanha. “Fiquei sabendo do programa desde meu primeiro semestre na Unifor, quando os coordenadores sempre divulgavam a oportunidade de ter duas graduações, uma nacional e uma internacional. Então comecei a me preparar desde cedo”, relembra. E por se preparar, ela inclui ver disciplinas em inglês e conseguir boas notas.

Desde 2021, ela mora em uma pequena cidade alemã chamada Deggendorf e frequenta a Deggendorf Institute of Technology (DIT). Foi na perspectiva de estudar um ano e aproveitar as disciplinas, mas conseguiu um estágio em uma empresa alemã e acabou estendendo a estadia.

Para Emilaine, a convivência com colegas de diversos países tem sido fundamental para explorar a diversidade cultural de diferentes continentes. Agora acostumada a viver numa vila bem menor que a cidade Fortaleza, conta que ganhou segurança no mercado de trabalho e também “deslanchou” no inglês e aprendeu alemão. Ela se prepara para vir à Unifor e concluir o curso, mas a ideia é voltar depois para seguir trabalhando na Alemanha.

Muitas parcerias para cumprir todos os objetivos

Diante de tantos benefícios que a experiência internacional traz aos alunos de graduação e pós-graduação, a Unifor vem construindo ao longo dos anos uma cartela ampla de parcerias com instituições no exterior. Isso dá ao aluno oportunidade para cumprir os mais diversos objetivos profissionais e acadêmicos. 

Os dois principais programas são justamente o de Intercâmbio Acadêmico e o de Dupla Titulação, que viabilizam intercâmbio de alunos entre as instituições. No primeiro, você pode cursar disciplinas de seu curso em uma universidade do exterior sem pagar as mensalidades do semestre estudado fora na Unifor ou na instituição estrangeira. Já o segundo dura um ano e proporciona aos alunos a possibilidade de conquistarem dois diplomas de graduação: um daqui e outro das instituições conveniadas participantes. 

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Mas há mais programas na Unifor de olho na internacionalização. O Buddy Program, por exemplo, é uma forma dos alunos da Unifor “adotarem” estrangeiros e terem uma vivência multicultural dentro do próprio campus.

Há ainda o Tandem, a Feira das Nações, Sports Day, Piquenique Internacional e reuniões de acompanhamento de intercâmbio, além de visitas e passeios guiados com os alunos de outros países. A Universidade também possui um programa anual de curta duração com a University of Arizona - Eller College of Management.

“Assim, cerca de 50 alunos dessa instituição vêm anualmente passar um a dois meses na Unifor cursando disciplinas nas áreas de gestão e marketing. Além disso, esse grupo de estudantes americanos participa de visitas guiadas e outras atividades acadêmicas. Temos ainda parceria com o banco Santander para o programa Top Espanha, que acontece anualmente no mês de julho”, acrescenta Lina Sena.

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Benefícios para alunos, professores e instituições

Todas essas colaborações trazem ganhos substanciais tanto para os alunos quanto para as instituições e seu corpo docente. “A experiência internacional permite o alargamento do conhecimento teórico-prático, além de trabalhar diversas competências fora do ambiente acadêmico, levando a formação completa dos estudantes”, aponta Lina. 

Além disso, as parcerias possibilitam o desenvolvimento de programas de pesquisa, docência e extensão entre as universidades vinculadas, abrindo caminhos para o pensamento conjunto e participativo, aglutinando diversas áreas do saber e formas de produção de conhecimento.

Sem falar que os alunos podem aproveitar a oportunidade de intercâmbio acadêmico como uma forma de alavancar-se no mercado de trabalho. “As empresas e organizações consideram de extrema importante a vivência internacional como parte do currículo de possíveis candidatos a vaga de emprego/estágio/trainee, pois mostra aos recrutadores que aquele indivíduo possui adaptabilidade, flexibilidade, independência, curiosidade e resiliência”, destaca Lina. 

Missões internacionais e outras possibilidades na Pós-Unifor

Os benefícios da internacionalização, com outra cartela de oportunidades, existe também na Pós-Unifor por meio de cursos e parcerias com renomadas instituições mundiais na Europa e nos Estados Unidos. “Estamos formando uma parceria com o Canadá e outra com a Coréia”, adianta Christina Praça, diretora de Pós-Graduação da Unifor.

Isso permite ao aluno das Escolas de Comunicação e Gestão, Direito, Saúde e Tecnologia a chance de cursar módulos internacionais e participar de missões enriquecedoras e programas fora do país. Na Pós-Unifor, você ainda pode se internacionalizar pelo contato com professores estrangeiros, aulas em inglês e parcerias para levar sua pesquisa além das fronteiras brasileiras. 

Se você faz o Mestrado Profissional em Administração, por exemplo, pode cursar disciplinas na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. A Universidade de Columbia, em Nova York, recebe alunos da Unifor para cursarem conteúdos de uma semana e oferta aulas com professores internacionais pelo programa Global Center. 

Se você é da área da saúde, o Mestrado Mestrado Profissional em Tecnologia e Inovação em Enfermagem e o Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva também mantêm estreita relação com a Universidade de Rouen, na França; a Universidade do Porto e a Escola Superior de Enfermagem, em Portugal.

Outro destaque são as experiências no Massachusetts Institute of Technology (MIT), por meio do Projeto Solve e a Missão no Vale do Silício, com o objetivo de apresentar um dos maiores pólos de tecnologia e criatividade do mundo para os alunos da Pós-Unifor.

“São iniciativas que rendem missões técnicas, onde os alunos viajam e experimentam in loco as mais diversas atividades no âmbito profissional e científico”, diz Christina. A professora cita como exemplos:

• Pesquisas e publicações científicas em parceria;
• Disciplinas ministradas na Unifor em outras línguas;
• Desenvolvimento de projetos de impacto de forma conjunta;
• Intercâmbios de alunos (mestrados e doutorados sanduíche) e professores;
• Realização de pós-doutorados em outros países;
• Forte articulação entre pesquisadores. 

E neste ano, uma novidade: o programa Interconexões Internacionais traz a cada mês, já neste semestre, um pesquisador internacional para uma palestra na Unifor. Os eventos irão compartilhar pesquisas em distintas áreas, mas também fortalecer networking dos alunos para a realização de projetos e produção científica com os parceiros internacionais e reforçar a comunicação interpessoal e científica em inglês, idioma oficial do evento.

Experiência que enriquece o currículo

A enfermeira Aldecira Uchoa Monteiro Rangel, doutoranda em Saúde Coletiva pela Unifor, viajou à França para se aprofundar em epidemiologia e conhecer o serviço no país europeu. Ela fez o estágio em Estratégias Educativas em Saúde, realizada pelo Service Sanitairie em Normandie dês Étudiantes em Santé de Rouen.

Ela sempre teve esse desejo pela internacionalização, mas foi com a oportunidade de seleção da Unifor que ganhou combustível para vivenciar a experiência. Fez um curso de francês e seguiu para uma vivência em Rouen que durou duas semanas e deixou aprendizados valiosos.

“Durante esse tempo tive a oportunidade de conhecer os serviços de epidemiologia e o CHU, que é um Hospital Terciário considerado um dos melhores da França. Também conheci melhor a política francesa de apoio ao usuário de drogas ilícitas (La Boussole) e participei de muitas palestras e da grande vivência de conhecer o sistema de saúde francês”, conta. Para Aldecira, conhecer e participar de novas experiências como esta enriqueceu seus saberes sobre promoção de saúde.

Desenvolver pesquisas em alto nível

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP), Mariana Biermann sempre teve o interesse de ter uma experiência de pesquisa no exterior de forma dedicada, apesar de já ter colaborado com pesquisadores de outros países. No ano passado, conseguiu uma bolsa do Programa de Doutorado-Sanduíche no Exterior pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e foi para Nova York, nos Estados Unidos.

Lá, está desenvolvendo uma pesquisa sobre desigualdade de gênero e sua relação com teorias de justificação de desigualdades sociais, e conta com uma infraestrutura dedicada à pesquisa em psicologia social, assim como um suporte acadêmico de alto nível. Esses eram diferenciais que ela foi buscar para sua pesquisa no exterior.

“Meu co-orientador, professor John Jost da New York University, me acolheu em seu laboratório (Social Justice Lab) e possibilitou que eu participasse de disciplinas que transformaram minha perspectiva de ciência em psicologia social, além de estar sendo um mentor em momentos muito relevantes no desenvolvimento da minha tese”, conta.

Para Mariana, as principais vantagens de aprofundar a pesquisa fora do país são conseguir acessar conteúdos e técnicas que ainda não estão sendo amplamente utilizados pela ciência brasileira, como, por exemplo, a aplicação mais direta de técnicas de análise estatística mais robustas e teorias aceitas internacionalmente com evidências empíricas.

“Além disso, creio que a construção de uma rede de colaboração internacional que se mantenha forte para projetos e pesquisas futuras podem beneficiar o meu país e a pesquisa em psicologia, principalmente na minha área de estudo”, diz. 

Sobre os estímulos da Unifor para que seus alunos abracem a experiência da internacionalização, Mariana diz que, para ela, vieram especialmente do Laboratório de Estudos sobre Processos de Exclusão Social (LEPES) e de docentes do curso, como a orientadora do doutorado, Luana Souza, e a coordenadora do PPGP, Luciana Maia.

Vale muito a pena investir num intercâmbio. Os benefícios vão desde aprimorar um idioma, imergir em diferentes culturas, conhecer novas pessoas e lugares. Não há quem tenha esta vivência e diga que saiu dela igual. Viajar para buscar conhecimento também traz uma boa dose de autoconhecimento. E a Unifor estimula tudo isso, com o suporte que o aluno precisa.